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Commissâo do Ultramar," de que tenho a honra de ser membro, não se poupou a trabalho algum para traclar deste negocio, eu pedi informações sobre isso, e o Governo algumas mandou ; entretanto e preciso cjitedeclaie que por duas vezes vim requerer áCama-fa que pedi-se ao Governo se mandasse informar bera sobre um tão importante1 negocio. A ultima informação que prdi foi na semana passada, e por isso o declaro para mostrar que a Commissâo trabalhou com toda a madureza: da segunda vez que aCommissâo pediu ao Governo esclarecimentos , foi quando voio a ultima correspondência de Cabo Verde, aonde os Con-tractadores diziam á Commissâo que na Alfândega Grande de'Lisboa, á disposição do Ministério da Marinl-a , osta varri alguns caixões com os musgos de Cabo Verde, t- as pedras em que nascem, e que elíes dtíspJAvani que* a Commissâo examinas?? f slas pedras; •Bu apresentei o requerimento á Camará, approvou-se, foi ao Governo; mas a Commissâo, que reconheceu a gravidade (Jo negocio, encariegou-nie ate de escrever a um dos arrematantes da urzeli-i , o que fiz, e na carta ISie dizia que esporava resposta ate o dia seguinte ás de/ horas, isto foi n*um sabl Janeiro venham ás Còrtfj as novas vis-toiias a que mandou proceder sohie a urzella de Cabo Verde.

Continnuíido: —Sr. Presidente , a Commissâo de-gpja ser cabalmente illustrada para poder propor, na Sessão seguinte, a approvação da Camará uma mádida em que assegure oí direitos de cada um , sein prejudicar oslicilos-interesses de ninguém, nem lesar a b,oa fé dos contractos.

O Sr. José Estevão: — Sr. Presidente , eu vou fazer um requerimento, « e' para que este negocio seja remei t Ido ao Governo, (Vozes:— Nada, nada.) para que, tomando todas as medidas possíveis, não consinta que os contractadores da urzella apanhem jun-tanaente com a urzella a estrelinha... (fozes:—Não

haja medo que elles o façam.) O Orador: -— Este requerimento parece-me justo, para que, em quanto se não decide esta questão, os contractadores não estejam apanhando uma e outra cousa , e fazendo o negocio com ambas.

O Sr. Garrett : — Eu pedi a palavra sobre a ordem , mas foi para cede-la ao Sr. Deputado por Cabo Verde, que precisa fallar sobre este negocio, e que e' muito justo que seja ouvido; igualmente pedi a palavra para mandar para a Mesa o seguinte requerimento. Sr. Presidente, esta questão é do botânica, e e necessário ser tractada a fundo, e não de leve; nós hoje não estamos habilitados para decidir com conhecimento de causa de um objecto tão melindroso, nem de avaliar bem as informaçJes, que nos pode fornecer o Sr. Deputado por Cabo Verde, Theophilo José' Dias, o qual e de rigoroso dever nosso ouvir em assumpto tão grave.

Roqueiro que serecommende ao Governo que mande fiscal i sar a apanha da urzella em Cabo Verde, para que não só ao publico seja defezo apanhar qualquer outro musgo, mas também seja defezo apanhar esses musgos aos ditos contractadores.

O Sr. Secretario Bebello de Castro: — Deu con-ía do seguinte officio da Camará dos Senadores í, acompanhando o Projecto de Lei com as alterações feitas por aquella Camará aoque aod'esla havia para alli sido enviado acerca das modificações feitas no contracto das estradas entre Lisboa e Por-> to. *'T Couimissão de jfídmmintraçâo Publica,

(Continuou a discussão interrompida)

O Sr. J. A. de Magalhães : —-Não me opponho ao requerimento do illustrc Relator da Commissâo, nem ao do Sr. Deputado por Aveiro, antes polo contrario \oto por elles: ao que me opporia era a que se tratasse do Parecer da Commissâo; mas como se não tracta do fundo da questão, nada tenho a dizer.

O Sr. J. M. Grande; — O que desejo e que isto se não decida de surpresa; porque involve ir.teies-s»es muito complicados; de uni lado a boa fé dos conliactos; doutro lado as garantias iudividnaes . que é necessário respeitar. Alem disàos esta questão deve aqui ser tractada também lechnicatnente, e quando isso vier erniltirei a minha opinião,

O Sr. José £aícvao : —- Aqui ha duas quedes a decidir: os conlractadores da urzella não queitní que se apanhe estrelinha, porque a estrelinha , dizem elles, sendo apanhada, auivella deixa de existir. Não decidamos esta questão-; mis o que eu digo aos coiitracladores e' que, tendo dles estipulada apanhar só a urzella, i.ão possam apanhar, junto-coni ella, a estrelinha. Estas duas questões são mui* to diversas: eu não digo que alguém vá apanhar a estrelinha para tirar a urzella; ruas digo, nãole\eru vossês com a urzella a estrelinha; porque, Sr, Pré-sidente aquelíe musgo segundo todas as apparencias não perdem a virtude coloranle , apesar de idoso; então decida-se esta questão quando ?o decidir, esse musgo não perde a sua qualidade c é uma riqueza de que aquelíe povo pódtí usai quando se acabar o contracto da urzella.

Por consequência sendo o meu requerimento neste sentido, não pôde ãoffier impugnação,