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Queiroz para a presidência do Governo Nacional. Respondi que não estava autorizado pelo meu grupo a dar sanção a aomes e que a minha opinião, já exposta na primeira vez que fora à presença do Chefe do Estado, era de que o Governo Nacional devia ser presidido por unia individualidade estranha aos partidos.

Mas, Sr. Presidente, vi a certa altura que talvez a responsabilidade da não constituição do gabinete Barros Queiroz caísse sobre -a minha cabeça, e tomei assim o compromisso, em nome 'dos meus amigos políticos, de aceitar o nome do Sr. Barros^Queiroz.

Tive depois uma conferência corn S. Ex.a, que durou apenas uns õ minutos. O Sr. Barros Queiroz procurou-me em minha casa e disse-me: «£ Posso contar com a benevolência do seu grupo?». Respondi: «Pode V. Ex.a contar com a benevolência do meu grupo». «

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ta?». «Tem S. Ex.a autorização para escolher um nome». O Sr. Barros Queiroz escolheu o nome que quis. Disse-me depois : «é para a pastado Trabalho». «Siiu, senhor, para a pasta do Trabalho».

Quando o Sr. Barros Queiroz ia a despedir-se de mim, eu, com a lialdade que me caracteriza, doclarei a S. Ex«a o seguinte: «Facilito a V. Ex.a tudo na constituição do gabinete. Sou escravo da minha palavra. Quero, entretanto, dizer que em Belém votei contra a presidência de V. 'Ex.% não parque não seja, porque o é, um republicano indefectível, não porque não tenha, porque a~tem, uma grande folha de serviços prestados à República, não porque não tenha, porque a tem, uma alta competência, mas sim porque entendia que ao Governo Nacional deveria presidir uma individualidade que estivesse fora dos partidos».

S. Ex.a despediu-se e disse-me: «Folgo imenso em saber isso, ou antes, já o sabia e eu. se estivesse em Belém, votava como V. Ex.a votou».

Não mais me avistei com S. Ex.a

O meu grupo tinha representação no gabinete por um Ministro escolhido por S. Ex.a o Sr. Barros Queiroz. O Sr. Barres Queiroz tinha o concurso do grupo que eu represento, e tinha a benevolência do mesmo grupo que eu lhe oferece-

Di6.no da Câmara doa Deputados

rã como homem de honra e como político. A certo momento vêm os jornais e dizem que a solução Barros Queiroz tinha ido ao fundo. Não me pesa por isso nenhuma responsabilidade.

O Sr. Presidente do Senado é encarregado de formar Ministério. O Sr. Correia Barreto procura-me então em minha casa para ouvir a minha opinião sobre a resolução da crise. S. Ex.a disse-me: «Fui encarregado de constituir um gabinete nacional». Eu preguntei a S. Ex.a o que entendia por uni Governo Nacional.' S. Ex.a entendia que era um Governo formado com a representação de todos os partidos, e acrescentava que oferecia duas pastas ao meu grupo—a do Trabalho e a do Comércio — sendo absolutamente indispensável que eu tomasse conta da pasta do Comércio». Respondi a S. Ex.a: «Mudam as circunstâncias. Eu não queria ter a responsabilidade de fazer ir ao fundo a solução Barros Queiroz, não só pelo que se passada, em Belém, sonão também porque S. Ex.a ó um homem que tem as responsabilidades do seu nome público ligadas a um programa financeiro

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do Senado as circunstâncias mudavam inteiramente. Do resto, nem. eu me houvera comprometido, nem podia admitir que porventura o directório de qualquer partido escolhesse as respectivas pastas».

Disse ao Sr. Presidente do Senado que entendia que um GôVêrno nacional era aquele em que os homens são o 4nenos, mas onde os programas e ideas fossem previamente, conjugados e obrigassem a responsabilidades pela sua efectivação.