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Se*»&o de 22 de Janeiro de 1920

niâo, que é a opinião do Grupo Parlamentar que dirijo, que era indispensável, na hora grave que o país atravessa, que os partidos deixassem de pensar em clientelas para colaborarem na realização dum programa económico e financeiro absolutamente indispensável às condições do momento.

Por isso enteado que não era um simples partido que podia realizar neste momento a obra que se torna indispensável realizar dentro da República.

Temos de fazer uma remodelação completa e absoluta da nossa vida económica. .

Um Ministério nacional não pode ser constituído à Ia diable, mas gá-de ser um Ministério, de realizações imediatas. (Apoiados).

Saí do Paço de Belém, e soube que-em seguida foi convidado para formar Go-vêrno o Sr. Dr. Brito Camacho-que não constituía. Ministério.

Depois apareceu uma nota oficiosa anunciando, a possibilidade de constituir-se um Ministério nacional.

Tratou-se então dum Governo de concentração de dois partidos que se não puderam entendei' sobre a. neutralização da/, pasta do Interior e distribuição dos governos civis»

Note-se bem,: n& conjuntura grave que o país atravessa, em vez dos partidos congregarem as suas energias, em vez de se unirem; para- a*' realização- duma obra,, v,ê--se que. se não resolveu a crise, com u>m Govôrao cie concentração, porque não foi possível neutralizar a pasta do Interior, e fazer a respectiva distribuição dos governos civis entre os partidos!

Intemupctto ao Sr, Augusto Dia& da Silva.

O Orador:—Apareceii.emfim o Govér-no LiberaL

Não chegou a tomar posse.

Sou. homem qno assumi sempre inteira e completa responsabilidade dos meus actos.

Condeno absolutamente os tumultos da Junta do Credito público.

DigoK); alto-,, para que1 todos o saibam.

Não admito que o poder constituído possa cair nas condições desgraçadas em que caiui o gabinete do Sr. Fernandes Gostai (Apoiados],-

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Também afirmo que os homens públicos que entram nas lutas da política, nas lutas da administração pública, devem sacrificar, sobretudo, uma coiisa: a s aã vida em prol da Pátria, para honra e prestígio do princípio da autoridade.

Tive conhecimento dos tumultos da Junta do Crédito Público por dois Deputados liberais que encontrei no Chiado.

Estava resolvido a vir ao Parlamento ajudar a fazer cairo Governo Liberal, mas nesse momento daria o apoio do meu partido para' que o princípio da autoridade fosse mantido,.

O Ministério do Sr. Fernandes Costa, foi ao fundo.

O Sr. António Granjo expôs vagamente -quais os motivos que porventura imperaram no espírito de S., Ex.a, para q.ue esse Ministério se não mantivesse no Poder.

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& Julgou não ter elementos de apoio indispensáveis para a realização da sua obra?

Não quero crer.

Manifestações em toda a parte há, quando os Governos* eaem ou sobem. c

Já nos velhos tempos da monarquia, vinham para a. rua as músicas progressistas,, quando caíam os Governos Regeneradores, ou sucedia o contrário, quando caíam Gfoveraos pertencentes ao Partido Progressista.

Porém-, se estamos num regime de liberdade, é justo q;ue nos coloquemos em circunstâncias de-nos podermos manifestar.

SE.. Presidente: o Sr. Fernandes Costa caiu. Há unia nova. reunião em Belém, para a qual são convidados os leaders parlamentares e delegação dos partidos. Também a ela fui por convite do S. Ex.a o Sr. Presidente da República. Cheguei já um pouco tarde, quando alguns dos convidados tinham saído. Preguntou-se--me a minha opinião. Só eu aceitariam a' constituição dum Governo Nacional. Respondi ao Sr. Presidente da República: sim! Nada mais fazia do que afirmar p que já tinha dito da primeira vez que havia tido a honra de ser convidado para ir a Belém.