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daniente cansados de habilidades ou ma-m-anobras políticas !

Este Governo aparece numa hora crítica, não há dúvida, e, pela segunda vez, foi S. Ex.a o Sr. Presidente do Ministério o salvador.

E tum crítica é a hora que atravessamos, e tam curiosas as complicações da nossa vida política, que, posto de parte um Ministério liberal pela ameaça da dissolução parlamentar, estamos em presença dum Ministério que, pela sua formação, não é s-uficionte para obstar a que de novo apareça como resolução máxima a já tam decantada dissolução.

Eu lei-o até num jornal de Lisboa, a Vitória, que caminhamos a grandes passos para a dissolução.

Amanha vom certamente os jornais afirmar quo nós perdemos mais três dias C"m a discussão do programa ministerial. Mas eu prcgimto se a discussão dum programa governamental é ou não de importância para o País. Todavia, a acusação há-do vir.

Tem-se tratado aqui, em termos mais ou monos sibilinos, da crise ministerial, e ainda há pouco políticos portugueses não hesitam m em trazer à tela da discussão o nome de entidades que jamais deviam ser citadas.

Falou-òf1 cm coacção, mas. se coacção existo, porque não envia o Sr. Presidente da República uma mensagem a este Parlamento?

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro do h)?,erior (Domingos Pereira): — Como não existo requerimento algum para piorrogaçfio da sessão até final do debato político,-e como, por isso mesmo, eu M;U> usarei da palavra senão amanhã, poço licença a V. Ex.R para responder desde já à pregunta que acaba de fa-zor.

O Governo não está coacto, o Governo não se considera coacto, o Govôrnojnão ria qualquer espécie de coacção,

Diário da Câmara doa Deputados

(Apoiados), a não ser' a que lhe for imposta pelos altos interesses nacionais. (Muitos apoiados).

As mesmas declarações faço naturalmente ao Chefe do Estado.

O Sr. Presidente: —Faltam 10 minutos para terminar a sessão, e ainda há um orador inscrito para antes de se encerrar a sessão.

O Orador: — Eu quero ficar com a palavra reservada, mas quero também que. a Câmara me permita que diga duas palavras em relação às declarações do Sr. Presidente do Ministério.

Vozes: — Fale, fale!

O Orador: — Eu regosijo-me com as declarações terminantes do Sr. Presidente do Ministério; mas se o Governo não está coacto, eu não sei em que ficam as declarações dos oradores da minoria liberal; ou não sei couno o Sr. Presidente da República, estando coacto para mandar formar Govôrno a umas certas entidades," não está coacto -para outras entidades, o não mandou, no primeiro caso, uma rnen-; sagem ao Parlamento. Há com certeza um equívoco, que eu me reservo para esclarecer na próxima sessão.

O discurso será publicado, na integra, revisto pelo orador, quando restituir as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.

Os «apartes» não foram revistos pelos' oradores que os produziram.

Antes de se encerrar a sessão

O Sr. Malheiro Reimão: — Sr. Presidente: desejava preguntarao Sr. Ministro da Guerra se tencionava-promover alguns oficiais que não têm o tempo exigido de serviço para a promoção ao posto imediato.

O orador não reviu.