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do seu republicanismo eom o meu, onde estavam então?

j Se há criaturas que me têm magoado o coração ^são os republicanos que não pactuaram com o dezembrismo, esquecendo a coragem física e moral que tive de desenvolver para arrostar contra tudo e contra todos! j Quando se apanharam senhores do poder já se não lembraram daquele que tomara sobre si o compromisso de ir visitar as guarnições militares a Santarém, arriscando se a ser preso, vindo depois ao Parlamento defrontar-se com os defensores da situação I Votaram-me ao ostracismo, j E foi preciso que o Governo do Sr. Domingos Pereira quisesse reparar essa injustiça par% que a voz que tinha deíendido os republicanos dentro do Parlamento possa fazer-se ouvir de novo. nesta casai

jTam grande é a ingratidão dos homens ! j Tain grande é falta de memória daqueles que me escreviam cartas!...

O Sr. Eduardo de Sousa:—Nunca me esqueci eu!. ..

O Orador:—Um dia'fui. preso em casa dum actual Ministro da República. Esse Ministro disse ao comandante da polícia:— «Para servir a Eepública não tenho dúvida alguma. em me pôr ao lado do Governo!»—E eu disse: — «Pois a minha intransigência ó tal que com um Governo desses, aparte a figura interessante e simpática do Sr. Malheiro Rei-mão, não pactuaria nom para salvar a República, j Quando a República estiver em perigo saberei colocar me na situação que a minha consciência me ditar!».

Não gosto de falar de ruim. Nunca falei, mas a minha alma magoada por muita injustiça tem do protestar, porque outros andavam pelas legações estrangeiras .... f *

Nem com "V. Ex.a, nem com outras pessoas quero estabelecer .paralelos.

O Sr. Eduardo de Sousa:—Sr. Presidente: peço a palavra, Interrupções'

O Orador: —Proferi estas palavras para protestar. Não visei ninguém.;, citei, apenas, um. facto.

Diário da Câmara dot Deputado»

Não sei que mosca mordeu, permitam--me a expressão, o Sr. Eduardo de Sousa para proferir estas palavras,, quando S. Ex.a me interrompeu, protestando.

Não vimos aqui para, lembrar cousas que não são agradáveis a ninguém.

Continuo, mais uma vez, a frisar que nunca traí a minlja acção dentro do pe^ ríodo dezembrista; e não teria, eu trazido isto à, discussão se não tivesse sido provocado por apartes a que tenho de responder sempre pela mesma forma e com a mesma correcção com que se me dirigem.

Se errei dentro da situação dezembris-ta, limpoi-me dessa mácula. (Apoiados). Talvez outros não tivessem coragem de o fazer.

Também não quero estabelecer paralelos entre Ministros dezembristas e outros que colaboraram na revolta de Santarém.

Pareee-me que a minha atitude não merece paralelo, nem devendo ter merecido ao Sr. António (rranio o maralelo S. Ex.a fez. .

O Sr. António Granjo: — Eu também.

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de fazer a justiça devida a V. Ex.a, como V. Es.a, creio, que reconheces.

Fiz-lhe apenas justiça.

Mas não foi apenas, com V. Ex.a que isso aconteceu; com muitos homens aconteceu também, e digo isto sem fazer paralelos para reivindicar o que é de direito, o. que é de verdade e justiça.

Sei que isso não aconteceu com V. Ex.% embora V. Ex.a se notabilizasse nessa acção.

O Orador : — Continuando no uso da palavra, e dando por terminado este pequeno incidente, quero frisar que não me é. agradável fazer estas asserções, mas que-, quando me tocarem no caso, terão resposta certa.

Deixando, porém, isto tudo, vamos entrar propriamente na matéria pura que tinha pedido a palavra.