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Já hoje tive ocasião de escrever a propósito da sua morte — e apraz-me diz64o aqui — que se Feio Terenas, no momento supremo, pudesse atentar na vida amargurada e, porventura, incerta da nossa República, ele não diria o que tantas vozes tenho ouvido dizer a gento nova: «que não era a República que sonhou» !

Para Feio Terenas, e para todos j.qneles que eram estruturalmente republicanos—e ninguém o era mais do que ele — a República ,com os seus desvarios, coui as suas insuficiências, coin as suas desordens e com os seus vícios, seria ainda para aquele grande espírito republicano, ineijioi' que todas as monarquias.

Nestas condições, Sr. Presidente, acho absolutamente justificada a homenagem excepcional, pois dum homem de excepção se trata, que V. Ex.a propôs à memória de Feio Terenas. A ela, em Jiome doe meus amigos, me associo de todo o coração,

O orador não reviu.

O Sr. Nuno Simões:—Podia dispcn-sár-me de falar depois do Sr. Brito Ca-inaíf.ho ter dito palavras de justa homenagem à memória do grande republicai)o Feio Terenas, Mas, Sr. Presidente, S. Ex.íl íalou na sua qualidade de figura destaeante do Partido Liberai, e eu uso da palavra na minha qualidade rle-jorttalista. • Sr, Presidente, na obra de Feio Tero-n-as, cujo valor foi bem salientado pelo Sr. Brito 'Camacho, há a -salientar a acção que ele exerceu no nosso meio como jornalista e educador. Essa acção foi tam tenaz, tam cheia de fé, tam cheia de crença nos destinos da Pátria e da Repú blica, que não pode passar despercebida no • actual momeEito, mais do que em qualquer outro, visto que é obrigação -d© todos os bons republicanos apontar o exemplo dos que souberam ser grandes.

Aevso-eio-me, pois, como "jornalista, e ern meu nome pessoal, à justa homenagem que a Camará presta à memória de Feio Torenas.

O orador não reviu,

O Sr. Sã Pereira:--Sr. Presidentes a -Câmara ucaba do prestar num sentida homenagem à memória dosse wlho lutador pela causa da República, que se cha-

Dtôrto da Cflm&ra dos Dejmladoí

mava José Maria de Moura Barata Feio Teronas, e à qual eu tambôm me associo.

Faleceu também outro homem que grandes serviços prestou à República e à Pátria. Refiro-me a JNobrc França. Proponho, pois, que na acta se lance tam-bCm ura voto de sentimento profundo pela morte dOstc cidadão que muitos serviços prestou à República e à causa socialista. Morreu deixando aos vindouros o "exemplo c1 a honradez e da dedicação pelos grandes ideais.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro do Interior (Domingos Pereira): — Sr. Presidente: associo-me, em nome do Governo, ao voto do sentimento que V. Ex.a acaba de propor pela morte de Feio Terenas.

Eu sou dos que começaram a abrir os olhos para os ideais republicanos quando já Feio Terenas estava consagrado nas lidos da nossa causa.

Feio Terenas foi nin jornalista tenaz, e um propagandista inteligente o do acção. Corno Deputado republicano, no tempo da monarquia, fez parte dessa admirável plêiade de lutadores quo no Parlamento levantaram e bem aí to o nome da República e atacaram a monarquia em seus alicerces. Mais tarde, implantada a República, o extinto fez parte da Assem-blea Constituinte, sendo uma das suas figuras de relevo. •

Honrava-me com a amizade pessoal do extinto o por isso com comoçã-o me associo também, em mrn nome pessoal, a esta manifestação de pczar, dando â minha plena adesão á homenagem proposta por V, Ex.a

O orador não reviu.

Q Sr. Presidente: — O Sr. Deputado Sá Pereira propôs um voto de sentimento pela morte de José Correia Nobre Fran- / ca. Os Srs. Deputados que aprovam...

Vozes: — Apoiado.

O Sr, Presidente : — Está aprovado. Está suspensa a sessão por um quarto de hora.