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doso, da simplicidade das suas maneiras e até mesmo do seu espírito aventureiro, •que ó bem característico da raça portuguesa.

Filho exemplar, um dos traços da sua individualidade, o mais impressionável para a fina simplicidade da alma portuguesa, foi o seu amor de filho, o seu culto filial, profundo, religioso, pois como V. Ex.a sabe, Sr. Presidente, esse homem, já velho, tinha uma ternura de criança, afirmada a cada passo, para com a veneranda senhora, que foi sua mãe, e que ele acompanhou dedicadamente no exílio até a morte.

Príncipe da Casa de Sabóia, o Sr. D. Afonso de Bragança pertencia à família de Sua Majestade o Rei de Itália, chefe da nação amiga e aliada, que ainda há pouco demonstrou à República Portuguesa o alto apreço em que tem a sua amizade, enviando a Lisboa um navio de guerra e recebendo em Itália, com o maior afecto e hospitalidade, os oficiais e marinheiros, aos quais foi incumbida a missão de cumprir o grato dever de retribuírem a visita do referido barco italiano.

Esta circunstância é também motivo para que o Governo e eu, como Ministro dos Negócios Estrangeiros, especialmente, nos associemos à justa homenagem à memória desse bom e liai português, de quem a República nunca recebeu agravos, pois ele acatou sempre as leis deste regime, e 1 cuja memória honrada, por esse mesmo motivo, essa mesma República pode, com dignidade, saudar. (Muitos apoiados}.

O orador não reviu.

O Sr. Álvaro de Castro:—Sr. Presidente : em nome da maioria parlamentar, associo-me ao voto de sentimento pro-•posto pelo Sr. Júlio Martins, relembrando que o Duque do Porto se acolheu às leis da República quando praticou um acto da sua vida, que poderia realizar sem isso. (Apoiados').

O Sr. Costa Júnior: — Sr. Presidente: em nome da minoria socialista associo-me ao voto de sentimento pela morte do Sr. Duque do Porto.

O Sr. António Granjo: — Sr. Presidente:. em nome do Partido Republicano Liberal, associo-me ao voto de sentimento proposto, fazendo minhas as considerações produzidas pelo Sr. Ministro dos Ne-

Ttiário da Câmara dos Deputado»

gócios Estrangeiros acerca do patriotismo do ilustre falecido. (Apoiados).

Q Sr. Plínio e Silva: — Sr. Presidente: pedi a palavra para propor à Câmara que se comunique à esposa do ilustre falecido este voto de sentimento.

O Sr. Presidente: — Em vista das considerações feitas por todos os lados da Câmara, considero aprovado o voto de sentimento proposto pelo Sr. Júlio Martins, a propósito do falecimento do Sr. Duque do Porto.

Foi aprovada a proposta do Sr. Plínio e Silva.

O Sr. Ministro da Agricultura (Joaquim Ribeiro): —Sr. Presidente: pedi a palavra para mandar para a Mesa uma proposta de lei, procedendo à organização do cadastro da propriedade rústica.

Tratando-se duma proposta de grande imporíâucia, peço às respectivas comissões que, com a maior brevidade, lhe dem parecer.

O Sr. Manuel José da Silva (Oliveira de Azeméis): — Sr. Presidente: novamente, pela quarta ou quinta vez — e desde já posso afirmar a V. Ex.a que será pela última—, eu desejo interrogar a Mesa sobre se já está constituída a comissão parlamentar de inquérito ao Ministério dos Negócios Estrangeiro*}, e se já se instalou.

Desejo também saber se está sobre a Mesa autorização para eu ir ao Ministério dos Negócios Estrangeiros consultar documentos de que careço para completar um estudo que tenho entre mãos. ' Devo dizer a V. 'Ex.a que tendo" há três meses sido votado o inquérito ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, e tendo eu -feito parte dessa comissão, que deixei por circunstâncias muito especiais, lamentável ó que nada haja sobre esse inquérito e mais lamentável é ainda que pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros não me tenha sido dada ordem para eu ir consultar os documentos.

Espero que V. Ex.a me elucide.

O orador não reviu.