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S&sãclo de í!7 de Fevereiro ik 1920

renos ao Ministério da Agricultura pela quantia de 1.600$.

Quere dizer, julgon-se preferível satisfazer meia dúzia de particulares a instalar o posto zootécnico, que era um melhoramento de alta importância.

Mas vamos ainda ver que razões levaram o Ministério da Guerra a não poder cedor os terrenos.

,j Seria por qualquer razão de ordem militar?

Sc assim ó, estando os terrenos arrendados ao Ministério da Agricultura, com mais facilidade 6sse Ministério os cederia ao da Guerra do que estando na posse de particulares.

Peço ao Sr. Ministro da Agricultura que tome em consideração os esclarecimentos que dei, e, se não peço responsa-bilidades ao Sr. Ministro da Guerra, é porque S. Ex.a não está presente.

Precisamente depois dos cinco primeiros anos é que se principiariam a gozar os benefícios do posto, tanto na melhoria dos terrenos,, completamente esgotados por nina péssima e quási fraudulenta exploração, como ainda das edificações que só para o fim desse tempo estariam Completas, seria, pois, por aquela condição, estar, o posto a fazer melhoramentos para serem gozados por outros.

Sói que a Junta Geral do distrito de Angra do Heroísmo e a Câmara Municipal andam tratando de obter terreno para a instalação de tal posto.

Peço, pois, ao Sr. Ministro da Agricultura para que, logo que haja terreno para nele se fazer essa instalação, S. Ex.a promova a efectivação rápida de semelhante melhoramento.

Não desconhece por corto S. Ex.a, o Sr. Ministro da Agricultura, a importância que tem. a agricultura no distrito de Angral Aquele distrito vive quási exclusivamente da indústria de laticínios, que deriva da indústria pecuária.

Sr. Presidente: o. decreto que criou o pOsto zootécnico nos Açores tem a data do 21 do Junho do 1917, e só 17 meses depois ó que a Direcção Geral da Agricultura mandou escolher terreno para a respectiva instalação.

Isto demonstra, nem mais nem menos, que os assuntos que dizem respeito aos Açores e à Madeira são lançados ao ostracismo poios poderes0 públicos.

Já aqui foi dito, a propósito de assuntos que interessam à Ilha da Madeira, por um dos nossos colegas, o Sr. Gois Pita, um dos novos de maior talento que tom assento nesta Câmara, que o poder central descura os interesses daquela ilha e os dos Açores.

S. Ex.a ainda há poucos dias chamou a atenção da Câmara para as considerações que formulou perante o Governo, relativamente h questão da falta do pão.

^E o que vimos nós? Vimos que tais considerações não mereceram qualquer resposta da parte do Governo, nem qualquer gesto da parte da Câmara.

Estou convencido de que esta questão do Posto "Zootécnico pouca consideração merecerá aos Poderes Públicos, mas, em todo o caso, insto com S. Ex.a o Sr. Ministro da Agricultura para que dedique a sua atenção ao assunto do Posto Zootécnico. Estou mesmo disposto a falar sobre este caso tantas vezes quantas as necessárias para que justiça seja feita.

Admiram-se V. Ex.as que os povos açoreanos, em momentos de desespero, reclamem uma mais líirga descentralização administrativa, que lhe permita uma vida mais desafogada! Vêm nessa altura os governos com a especulação de que aqueles povos desejam pertencer à América, como se não fosse sobejamente conhecido de todos que num coração açoreano jamais pode albergar-se um sentimento an-ti-patriótico.

Vou terminar as minhas considerações, pedindo a S. Ex.a o Sr. Ministro da Agricultura que tome na consideração que lhe merecer o que acabo de expor.

O Sr. Ministro da Agricultura (Jojquim Ribeiro): — Sr. Presidente: ouvi com toda a atenção as declarações feitas polo ilustre deputado que acaba dê falar.