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assim fizermos, estou certo que ainda por aí encontramos muita cousa que, bem aproveitada, nos permitirá dalguma forma obviar, em grande parte, às dificuldades tremendas da hora presente.

A primeira cousa que o Governo tem a saber, antes de mandar fazer qnaisquer concertos, é qual será mais vantajoso para o Estado : reparar os automóveis ou vendê-los. Eu opto pela venda.

Sinto não poder alongar-me, por o tempo me não permitir, não podendo por isso defender neste momento o meu ponto de vista.

.Não quero, porém, deixar de chamar a atenção da Câmara para o seguinte:" se daqui a meia dúzia de anos que fosse nos víssemos na contingência dumfi nova guerra, não usaríamos, por corto, do material de que dispomos agora e ver-nos-íamos obrigados a. adquirir novo e mais moderno, porquanto aquele não corresponderia, pelo seu uso e pela falta de aperfeiçoamentos; às exigências do mo mento.

Chamo a atenção do Governo e de 'todos os meus colegas para este problema du aproveitamento do material automóvel do Corpo Expedicionário Português, e que apenas pude muito levemente esboçar, prometendo tratá-lo desenvolvida-mente quando apareça a oportunidade que espero será breve, pois estou certo de que os Srs. Ministros da Guerra e do Comércio lhe vão, em especial, desde já, fixar a uva atenção.

O Sr. Ministro da Agricultura (Joaquim Ribeiro): — Ouvi com toda a atenção as considerações que acaba de fazer o Sr. Plínio Silva, considerações que me apressarei a transmitir ao Sr. Ministro da Guerra, conforme o desejo manifestado por S. Ex.a

O Sr. João de Orneias:—Há muito tempo que vinha pedindo a» palavra para quando estivesse presente o Sr. Ministro da Agricultura, cuja atenção eu peço a S. Ex.a para a questão de que vou tratar, que se me afigura importante, e que diz respeito aos povos dos distritos açoreanos e, muito especialmente, aos. povos do distrito de Angra do Heroísmo.

O decreto n.a 3:265, de 21 de Junho de 1917, criou o posto zootécnico central

Diário da Câmara dos Deputados

pôs Açores, com^sede em Angra do He--roísmo. Porém, só num ofício, o n.° 461, de lõ de Novembro, isto é, 17 meses depois, é que o Sr. Ministro da Agricultura comunicou para Angra, à intendência de pecuária daquele distrito, para que se procurassem os terrenos necessários à instalação do referido posto.

Efectivamente o intendente de pecuária, com um regente agrícola, fizeram as suas diligências junto da câmara e da Junta Geral no sentido de obter esses terrenos, mas, como estas corporações os não possuíssem, tiveram de recorrer caos terrenos baldios. Depois de muitos esforços, conseguiram verificar que os terrenos do Monte Brasil, pertença do Ministério da Guerra e que se encontram situados junto ao Castelo de S. João Baptista, sorviam para essa instalação. Desses terrenos se levantou uma planta que, com notas explicativas, foi enviada ao Ministério da Agricultura, bem como o seu pedido de arrendamento ao Ministério da Guerra.

Devo dizer, no emtanto, que, segundo a minha opinião, não acho que os terrenos do Monte Brasil sejam aqueles que devam ser destinados à instalação do posto zootécnico, porque, segundo a opinião dos técnicos, as planícies são naturalmente preferidas aos terrenos acidentados.

Vieram a planta dos terrenos-do Monte Brasil e os elementos elucidativos; depois o Ministério da Agricultura dirigiu--se ao Ministério da Guerra, pedindo a cedência dos terrenos. As condições impostas pelo Ministério da Guerra foram de tal ordem que não foi possível o Ministério da Agricultura aceitá-las.

Eu posso citar uma delas :

«O contrato de arrendamento não poderá ir além de cinco anos, perdendo o posto todo o direito às melhorias e edificações que necessitar para o seu funcionamento».

V. Ex.a compreende que uma condição destas é inexequível, porquanto não se pode fazer 'a construção na espectativa de, ao fim de cinco anos, tudo se perder.