O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

24

Diário da Câmara dos Deputados

Julgo estes absolutamente incapazes de o fazerem propositadamente, mas do movimento em que irrefletidamente se lançaram, resulta de facto este paradoxo. - Indivíduos desempenhando .funções do Estado não podem, sem gravíssimos riscos para ele, abandonar o exercício dos cargos que lhes foram confiados.

A paralisia desses serviços é a suspensão da vida nacional, é a República manietada, é a Pátria em perigo.

Ora eu preguuto : <_ p='p' lugares.='lugares.' ocupa='ocupa' quem='quem' aqueles='aqueles' _.='_.'>

São republicanos, são indivíduos que pela sua fé republicana e pelo seu passado de dedicação às instituições são escolhidos e indicados pelos vultos políticos de mais influência com o fim de se conseguir que pela sua dedicação à República sirvam o" Estado com o maior interesse e abnegação.

E só assim se justifica seja invocado o credo político de cadaxum para a preferência que aos republicanos á devida nas pretensões a lugares públicos.

A prática e experiência desde dez anos atribulados de República demonstram a ab-

1_ j. _ _ • 4 l J n ' rt/í

KUiUlcl jj.ucuaBlu.ttut/ u.o aoaiiH 3G prGCCGCl

e todos sabemos as dificuldades com que temos lutado pela reacção que nas repartições públicas os monárquicos procuram constantomente exercer contrariando a regular marcha da República.

Isso faz com que todos nós aceitemos "de bom grado o saneamento monárquico, cuja necessidade os recentes acontecimentos da traulitânia e Monsanto vieram corroborar.

O movimento dos funcionários não pode também ser mascarado corno sendo feito contra um partido, como pretendem alguns que com tudo especulam, tondo a veleidade de querer defender actos indefensáveis.

Estava constituído um Ministério em que se achavam representados democráticos, liberais, socialistas e independentes e isso vem confirmar a minha opinião de que se não pode afirmar que os funcionários se encontravam na dependência ou sujeição de um partido ou vice-versa, isto é, em hostilidade.

Tendo esses funcionários republicanos abandonado os seus lugares, "eles que melhor do que nós conhecem detalhada-mente a situação difícil do País, por isso

que diariamente lhes estão passando pelas mãos documentos que lha mostram clare-mente, eles que jamais devem comprometer a vida da República, o que traz também a queda da Pátria, eles, procedendo assim, dão-nos o direito de pensar que são adversos ao nosso equilíbrio político actual. E se°os funcionários com a sua atitude põem em risco não só a República mas a Pátria, eu pregunto se não-•é do nosso dever chamar todos os portugueses à defesa de Portugal, não permitindo que Continuem nas prisões os indivíduos presos por questões políticas ou sociais !...

Vozes: — Não apoiado.

x

O Orador: — Não há ninguém que possa acusar-me do não ter sido sempre um intransigente republicano. Desafio ^uení quer que seja a provar-me que alguma diligência fiz para que a justiça republicana não íôsse completamente exercida quando do julgamento dos monárquicos. <_ com='com' fraqueza='fraqueza' presos='presos' de='de' aos='aos' políticos='políticos' ex.as='ex.as' mais='mais' autoridade='autoridade' temos='temos' um='um' me='me' encontram='encontram' libertar='libertar' pediu='pediu' viu='viu' julgamentos='julgamentos' dever='dever' sinto-me='sinto-me' delitos='delitos' funcionários='funcionários' isso='isso' procedimento='procedimento' nesses='nesses' que='que' intcrforônciu='intcrforônciu' resistir='resistir' dos='dos' tribunais='tribunais' momento='momento' se='se' por='por' tive='tive' nos='nos' para='para' maior='maior' afirmar='afirmar' sociais.='sociais.' não='não' pequena='pequena' encarcerados='encarcerados' nunca='nunca' a='a' públicos='públicos' e='e' dado='dado' ou='ou' aqueles='aqueles' monárquicos.='monárquicos.' poder='poder' condescendência='condescendência' í='í' o='o' p='p' v.='v.' monárquicos...='monárquicos...' quem='quem' minha='minha' apoiados='apoiados' todos='todos' sabem='sabem' defender='defender'>

Aparte do Sr. Nóbrega Quintal que não

86 OUVIU.

O Orador:—Não me assusta o perigo monárquico, que é mesmo cousa que nem existe. Depois de Monsanto e da traulitânia não compreendo que haja alguém em Portugal que possa admitir uma restauração monárquica. A maneira mais efectiva de mostrarmos a nossa força é não lhes deixando a pretensão de eles suporem que os temos-presos por deles termos medo.

Envio para à Mesa â minha moção.

Moção