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Diário da Câmara dos Deputados

ordem em Portugal é de interesse geral, então elementos de ordem retomarão a confiança que lhes falta e unir-se hão para opor uma barreira ao mal que ainda ó tempo de se desfazer».

Sem se pronunciar sobre as palavras de Paiva Couceiro, o Journal dês Debats diz, no" emtanto, que o interesse comum aconselha as potências ocidentais a ocupai" -se do Portugal mais e melhor do que têm feito até aqui. — Chagas.

Vozes:- E uma manifesta traição. Muitos apoiados.

Diversos apartes.

O Orador : — O Governo vai agir para reprimir convenientemente estas vilanias. Vários oradores pedem a palavra.

O Sr. Presidente : — O debate não está generalizado ; todavia, se a Cãmíira o en-tcncler. concedo a palavra aos Srs. Deputados que a pediram.

Vozes : — Fale, fale.

0 Sr. Domingos Pereira : — Porque o Sr. Melo Barreto, meu ilustre colega no Governo transacto e que superiormente geriu a pasta dos Negócios Estrangeiros, não pode nesta casa fazer uso da palavra, sou eu que declaro à Câmara qne as notícias que vêm publicadas °na Época não têm fundamento, não têm base, não são verdadeiras. Nem neste Governo, nem em qualquer Governo anterior houve nunca qualquer nota de representantes de nações estrangeiras sobre Portugal.

1 O que diz esse jornal não é exacto ! Depois o Sr. António Granjo referiu-se

às -notícias publicadas por alguns jornais espanhóis o enviadas por agências de Badajoz e de Tui.

Algumas vezes o Governo anterior sentiu a influência dessas agências. Algumas vezes teve conhecimento de notícias publicadas eni jornais e nunca deixou o Governo de desmentir, categoricamente, essas notícias, e até o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros foi procurado pelo Sr. Ministro de Espanha para lhe dizer que, com todo o prazer, contribuía para o desmentido dessas notícias falsas a res-

peito de Portugal, indo até o ponto de mandar vir a Portugal um redactor do A B C, que era justamente um dos jornais que mais frequentemente publicavam notícias desfavoráveis a Portugal, para que ele visse, com os seus próprios olhos, que a situação interna de Portugal não correspondia, de modo algum, às notícias ^que o seu jornal tinha publicado.

Esse jornalista fez uni inquérito, e foi por mim recebido, ouvindo da minha boca, como decerto da boca de todos os portugueses com quem falou, que Portugal não tinha essa possibilidade de se subverter ou de arranjar uma situação internamente que o colocasse mal à face .das outras nações. (Apoiados}.

Sr. Presidente: os Ministros das nações estrangeiras, a quem o Sr. António Granjo se referiu, comportaram-se sempre, duranto a minha gerência dos negócios públicos, com a maior correcção; tiveram sempre a justa -noção da sua situação, não proiiuncifiraiTi a menor palavra der desprimor para com o nosso País ; ao contrário, prestaram-lhe sempre todas as homenagens e reconheceram, como não podiam uaÍAur d<_3 viver='viver' com='com' que='que' a='a' embora='embora' apoiados.='apoiados.' maneira='maneira' independência.='independência.' duma='duma' povo='povo' livre='livre' nós='nós' p='p' uni='uni' muitos='muitos' indirecta='indirecta' direito='direito' somos='somos' reconhecer='reconhecer'>

Mas, Sr, Presidente, a hipótese contrária nem a podiam pôr, e se eles a-puses-' sem, creia V. Ex.a que o Governo a que tive á honra' de presidir, como qualquer outro Governo da República, tenho a certeza, sàbwia repelir essa afronta, .ainda cue ela fosse encoberta com as palavras mais correctas e amáveis. (Muitos apoia-^ dos).

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Júlio Martins: — Sr. Presidente: já não é de agora, e não o deve estranhar a Câmara, que sobre a situação do País se vem esboçando uma campanha com intuitos bastante reservados, mas que todos conhecemos o que ela pretende atingir. E tem havido da parte dos Governos — o isto não é agora uma crítica, mas a constatação dum facto. — uma extraordinária fraqueza em presença dessa campanha. (Apoiados).