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Pregimtei se estavam suspensas as garantias e responderam-me que não. «Mas jionhà cá para fora tudo».

Tive de mostrar tudo.

Jíisos.

A minha indignação foi tam grande que não sei o que senti nesse momento. (Apoiados).

Uma voz: — E indecoroso!

O Orador: — Fui levado pela polícia e introduzido no Aljube.

O Sr. Manuel Fragoso:—Isto deve merecer a atenção da Câmara. Ouçam.

O Orador: — Nesta altura recebeu-se uma comunicação para me mandarem em liberdade. Outros foram também soltos no outro dia por nada se ter provado contra ôsses homens.

Limito-me por agora a fazer esta comunicação à Câmara na presença do Governo. Não quero que suponham que estou a fazer uma questão política (Apoiados).

O orador não reviu:

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro do Interior (António Maria Baptista): — Sr. Presidente: neste momento não há, talvez, ninguém que lamente mais' o incidente que se deu com o ilustre Deputado Sr. Dias da Silva, porque, se há entidade qiie me mereça muito respeito e consideração é, necessariamente, o man datário do povo.

V. Ex.as compreendem que o Governo não pode ser responsável, de maneira alguma, por quaisquer factos criminosos ou mesmo por quaisquer excessos cometidos pela polícia, especialmente pela polícia do Porto, distante como está.

O Governo, apenas teve conhecimento da prisão do Sr. Augusto Dias da Silva, imediatamente pediu o documento que fosse base para dar ao Parlamento uma explicação e responder.'

Ontem, com este documento, não pude deixar de chegar à conclusão 'de que o mesmo respeito que desejo para mim desejo para todos. (Apoiados).

Comunicando-o à Câmara, tenha esta a certeza de que procederei, se do inquérito a que vou mandar proceder, alguma cousa se apurar e se concluir.

Diário da Câmara dos Deputados

Uma voz:—É necessário.

O Orador: — É necessário, e por isso vou proceder.

O Sr. Presidente do Ministério leu, nesta altura, o relato que sobre o incidente da prisão lhe fornecera a polícia do Porto.

O Orador (prosseguindo]: — O Sr. Paulo Falcão ó um cavalheiro republicano que merece a nossa consideração e* também lá estava no restaurante. (Apoiados).

O Sr. Costa Júnior: — Coin grande vantagem para todos nós V. Ex.a podia, talvez, dispensar-se da leitura desses documentos.

O Orador: — Em conclusão, o Sr. Dias da .Silva, foi, efectivamente, preso, mas imediatamente posto em liberdade logo que o comissário de polícia teve conhecimento da sua qualidade de Deputado.

O Sr. Augusto Dias da Silva: — Não foi tam imediatamente como V. Ex.a diz, pois que, tendo sido proso à uma hora, só às 4 horns o 30 minutos mo foi concedida, •a liberdade.

O Orador: — Terminando, Sr. Presidente, e respondendo à afirmação de S. Ex.a de que a revolução social vinha numa bandeja, devo declarar que, aceitando como boa essa presunção, ela não viria, todavia, rodeada de flores e por entre os aplausos das populações entusiasmadas.

fiisos.

O Sr. Augusto Dias da Silva: — Posso aceitar essa pretendida1 afirmação como um complemento necessário ao discurso do V. Ex.a, mas não como verdadeira porque a não fiz.

O orador não reviii.