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Diário da Câmara dos Deputados

Era má política, toque a quem tocar a responsabilidade dela. • Os Srs. JBrito Camacho e Kamada Curto revelaram vários defeitos do Tratado.

Ora, Sr. Presidente, os defeitos do Tratado estão na consciência do todos que nele colaboraram, de todos que o leram; estão, emfim, na consciência de toda a gente; assim o mostra o próprio relatório da comissão e assim o mostra o relatório do próprio Ministro.

O qne é precisb notar-se é-que a ques-tãó~ assim está deslocada. Por um lado esgrimimos contra os moinhos, por outro lado pretendemos arrombar uma porta aberta. Não basta dizer-so que o Tratado é mau. O que ó preciso saber-se é se nas condições políticas no momento de se realizar o Tratado havia possibilidade do se conseguir mais do que efectivamente se conseguiu.

É assim que temos -de fazer a análise do Tratado. O contrário é nem mais nem TTipTios do que colocarmo nos numíi plataforma incompreensível que não nos abo.-na', debaixo do ponto de vista intelectual.-

Presíauuu justiça ao homem público cujo nome há pouco citei, que ó uma glória da nossa torrado qne se .deve- pregun-tar é se outrem defenderia com mais calor e tenacidade, com mais cópia de argumentos a causa que a nós todos interessa.

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Não. Há muita cousa que ainda "não está resolvida completamente. Há ainda muitos pontos de vista a discutir, por isso que a redacção das cláusulas do Tratado são^de molde a permitir que se consiga ainda alguma cousa^a favor dos interesses da humanidade.]

Acho que devemos discutir o Tratado, mas com aquela elevação precisa para conceder mais força àqueles que nos representam na Conferência da Paz.

O Livro Branco podo ter, e tem certamente, uma grande importância. para a

discussão da nossa intervenção na guerra; mas não acho que não possamos discutir o Tratado pelo motivo de não estar esse livro ainda publicado. Essa razão, quanto-a mim, não colhe. Desejo a publicação do Livro Branco,, mas não a considero fundamental para a apreciação da questão.

Há assuntos de natureza mais técnica, de natureza mais profissional, e certamente o ilustre relator do parecer sobra o Tratado da Paz, -Sr. Barbosa de Magalhães, informará a Câmara a tal respeito, e eu não quero roubar o prazer de o ouvirmos, prazer, de resto, bem justificado, visto a maneira brilhante como redigiu c* presente trabalho, quo é niais uma prova da sua grande inteligência, da sua enorme cultura e da graúdo dedicação que tem pelos trabalhos parlamentares.

O Sr. Ramada Curto, que lamento não-ver presente, afirmou ontem, quási no final da seu discurso, reportando-se às palavras do Sr. João Chagas, publicadas no Diário de Notícias, que, se nós não tivéssemos .juízo, perderíamos as nossas colónias. O Sr. líamada Curto, afirmando que estava de acordo com as palavras de ilustre publicista e nosso representante em França, Sr. João Chagas, deu a melhor resposta às palavras que proferiu relativamente à nossa intervenção no teatro da guerra. Disse, porém, S, Ex.a que não ííuhainos conquistado absolutamente nada, a não ser o podermos falar altivamente e com orgulho. Pois eu declara que se, embora através de grandes sacrifícios, nós podemos hoje falar com altivez e com orgulho, já conseguimos imenso.

A S. Ex.a, intervencionista de coração-e de inteligência, que tanta vez defendeu o bom princípio da nossa intervenção, quereria preguntar se achava pouco_o que Portugal tinha conseguido.