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Sessão ãe 31 de Março de 1920

Queremos, com o fraccionamento dos partidos, imitar a França, sem se compreender o que se passa nesse país.

O nosso país só pode progredir com partidos grandes, que possam governar, e não com grupos.

Poderemos brigar uns com os outros, mas não esquecermos a nossa camaradagem o o amor que temos a Portugal e à República.

Se tal se não fizer todos os esforços se diluem.

Eãtas foram sempre as minhas afirmações, mas infelizmente as minhas palavras não foram escutadas, pois cada vez mais vejo as dês uniões e as complicações políticas.

Não sei se este critério de baralhar para depois partir e dar de novo será bom; eu, pelo menos, julgo que tal sistema não é bom.

Que as lutas terminassem e que os portugueses se unissem de novo ó o intenso desejo do meu coração.

Sc fosse possível terminar com o.espectáculo que se está vendo nos tribunais militares, .em que são condenados a penas máximas os que na revolta tiveram res-ponsabilidades mínimas o dando leves penas aos que tiveram grandes responsabi-lidades, se isto acabasse, pode V. Ex.& ter a certeza de que eu não me oporia. Estou certo de que num breve espaço de tempo algum procedimento da parto de qualquer Governo venha, não pacificar a família portuguesa — tenho sempre medo disso, porque a prática tem demonstrado que tal pacificação é exactamente o contrário— mas por qualquer outro meio, indulto o-u amnistia, vonha unir os transviados e se caminho a sério para levantar o país da ruína, porque, apesar de estar arruinado, eu entendo que temos muitas fontes de receita que devem começar a produzir.

Sr. Presidente: não vem a propósito explanar mais esta doutrina porque mesmo o Tratado dela não trata. Direi apenas, como refcrOncia às palavras produzidas pelos Srs. António Granjo, Kaniada Curto o por V. Ex.:i, que sou da mesma opinião, que temos de fazer uma política hábil, inteligente, e que mais convCm ao momento histórico que atravessamos.

Para terminar, dosojo associar-mo à homenagem sentida, prestada pelo Sr. Ra-

mada Curto aos nossos soldados de terra e mar que enalteceram o brio da raça portuguesa, reivindicando para nós o direito de falar altivamente na Sociedade das Nações.

Estou convencido e estou crente de que é convicção de todos os bons portugueses e republicanos que, se não tivéssemos contribuído para enxotar aquelas ferae, quer da África, quer da Europa, não teriamos como que o direito de estar na Conferência de Versailles.

Associo-me de todo o. coração a essa homenagem comovida prestada a todas aquelas criaturas que ignoradamente ficaram em terra estranha, mas que naquele momento era a terra onde se defendia a liberdade e a justiça, atestando assim quanto pode o heroísmo,, o orgulho e altivez duma raça que há do ser grande, embora os homens porfiem em dizer que é pequena.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Barbosa de Magalhães (relator): — Diz que não tencionava usar nesta altura da palavra; tencionava responder a todos os oradores que falassem sobre a proposta em discussão, mas, visto que o seu número se alargou, entende que não devia esperar para o fim para dar a sua resposta, às considerações e observações feitas por alguns dos Srs Daputados, aqueles que dos inscritos representavam certos lados ou certas facções desta casa do Parlamento.

Tendo já á tarefa de responder a cinco ou seis dCsses oradores, se por todos esperasse para a todos, ao mesmo tempo, responder, tinha fatalmente de ser mais demorado e, portanto, mais fastidioso do que ia ser já na resposta a dar aos ora- ' dores que o, precederam.

À primeira questão que o primeiro orador4evantou, o Sr. Brito Camacho, foi a das razões que poderiam ter levado o Governo a convocar extraordinariamente o Congresso para se ocupar da aprova» cão do Tratado de X^ersailles.