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t)iàriõ dá Câniara dós Êteputddos

de? A desordem por toda a parte, conflitos graves em que os tiros não falham e os postos de socorros a feridos têm abundantemente «que fazer». O Governo prometeu baratear a vida.

O Sr. 'Velhinho Correia: — Felizmente que 'ó quási. Ainda há alguma cousa.

O Orador: — Mas o pouco'que ainda há não tardará que desapareça. Irá o resto pelo mesrnd caminho por onde têm ido os géneros que eu, pelo menos, não encontro para a minha casa. O que há é o que estava armazenado; acabado o síock existente V= Ex=a verá ouc

aparecerão no mercado os géneros que à tabela estão sujeitos.

O Sr. Velhinho Correia: — É lima profecia.

O Orador:-—li/ uma opinião pessoal que eu muito desejaria que fosse errada; creia V. Ex.a que, neste caso, muito desejaria enganar-me. Mas os factos, infelizmente, tornam-nos fácil a previsão do futuro.

Veremos mais tarde, Sr. Velhinho Correia, quem tem razão, se eu, se V. Ex.a

Em todo o caso — creia—eu não quero privá-lo, nem aos que dele gostam, deste Governo. Não; afirmo -bem claramente que não. E se eu suspeitasse, por um momento, que poderia contribuir, nesta ocasião, para a sua queda, recuaria.

O Governo há-de cair pela oposição daqueles que ainda hoje acreditam na eficácia das medidas quê adopta. Desenganados pela triste experiência que hão-»de ter, infelizmente para eles e para todos nós, o Governo os sentirá e compreenderá então que não é possível contar com o apoio que resulta apenas dum conven-

cimento que os factos demonstram ser errado.

Sr. Presidente: estou certo- de (|ue o Parlamento não deixará que ' decorra muito tempo sem discutir as medidas de finanças apresentadas pelo Governo e a respeito das qiiais o Sr. Presidente do Ministério dirigiu à Câmara, há poucos, dias, um pedido para que delas se ocupasse quanto antes:

Então — e para então me reservo — eu direi à Câmara o que penso de tais medidas, injustas umas, despropositadas outras e bem poucas com pouco de aproveitável.

Eu creio, porém, que esse pedido do Sr. Presidente do Ministério teve outro 'fim: vendo que o País já vai compreendendo a sua «ordem» e o seu barateamento de géneros, procura que ao Parlamento fique a responsabilidade de não ter habilitado o Governo com as salvadoras medidas de finanças que 6le aqui trouxe. Mas não esqueça S. Ex.a que aqui se tem trabalhado e que o tempo, nestes últimos dias, só tem sido ocupado com a proposta do Governo referente à repressão dos atentados bombistas — mais uma lei que o Governo quis, que a Cânuira lhe deu e que eu bem suspeito que não ser--virá de cousa alguma.

' Serão dados em poucos dias, estou disso certo, os pareceres das coruis/sOes às propostas de finanças. Terei então ocasião de ver e V. Ex.a de me demonstrar como consegue com elas a redução do nosso déficit orçamental a 30 contos, como há dias afirmou.

Não é agora, porém> ocasião de as discutir. Esperarei.

E a todo o tempo será tempo para falarmos a tal respeito.

O Sr. Presidente: —Peço a S. Ex.a a fineza de ser breve, pois já decorreram os 10 minutos.

O Orador: — Concluo imediatamente.

O Sr. Augusto Dias da Silva: — Não gostam destes assuntos!...

Vozes da esquerda: — Ora essa?! Gostamos, gostamos!