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virtude de atentados dínamitistas, desde 2 a 12 de Abril, o número de vítimas foi importante.

Eu não" venho para aqui com as "penas levantadas, como um pavão, fazer a apologia da obra governamental; mas, em todo o caso, chamo a atenção do Sr. Pedro Pita para os constantes aplausos que o Governo tem "recebido de todas as corporações civis e militares, de todas as corporações do País, felicitando-o pela maneira como ele se tem conduzido e pelos serviços que tem- prestado ao País. (Apoiados). Esses serviços, todavia', não os reconhece V. Ex.a Sinto muito, como republicano, que assim suceda.

Dê V. Ex.a tempo ao'tempo, para depois, se o Governo andar mal,~ vir aqui criticar a sua acção, derruindo este Ministério. Por emquanto é cedo ainda para isso i (Muitos apoiados).

O orador não reviu.

O Sr. Pedro Pita (para explicações:— Sr. Presidente: já é uso antigo nesta casa do Parlamento alguSm a quem se fazem acusações por determinados factos responder-nos com o seu republicanismo.

De • maneirei nenhum?. Sr. Presidente eu seria capaz de pôr em dúvida, porque isso seria absolutamente um disparate, visto que em dúvida se não podo pôr um facto que toda a gente reconhece, o republicanismo do Sr. Presldente-do Ministério.

Sei perfeitamente que S. Ex.a é republicano : não pus em dúvida semelhante cousa, nem seria capaz de o fazer.

Salientei até que tinha toda a consideração o respeito pelos indivíduos que muitas vezes eram,, sem culpa sua è até sem vontade sua, atirados para as cadeiras do Poder.

Quis S. "Ex.a à viva força que aquilo que eu disse representasse uni ataque político, apesar do eu ter declarado 'que falava em nome pessoal, apresentando unia maneira de pensar e de sentir que era minha e só minha.

Nestas condições, desde que em nome pessoal falava, eu não podia tor a veleidade de abrir um debate político contra o Governo para o fazer cair.

Demais eu salientei que não tinha de sejo nenhum de que o Governo caísse por emquanto, porque esperava que fossem

Diário da Câmara dos Deputados

os seus próprios actos, as suas próprias medidas, que o fizessem cair.

Depois disse incidentalmente, que não queria reservar-me para o fim da sessão, porque muitas vezes o Sr. Presidente do Ministério e nessa ocasião salientei também que tinha por S. Ex.;l a máxima consideração, respondia um pouco levemente aos Srs. Deputados que falavam.

S. Ex.a negou isto, mas dois factos que se passaram no decorrer do seu discurso mostram bem que eu tinha toda a razão .auando afirmei que S. Ex.a respondia levemente.

Eu frizoi que cá dentro hão era, evidentemente, o Pedro Pita, mas sim um Deputado que estava no Parlamento e que como Deputado, gostava de ter a mesma consideração para mim que dispensava aos outros.

E embora nem sempre com outros assim tenha sucedido, o certo é que não posso deixai de confessar que o ÍSr. Presidente do Ministério não podia, de facto, ter sido mais coirecto para comigo do que foi.

Disse-me também que eu o tinha acusado de fomentar a desordem; apenas me limitei a dizer que, apesar de ter no seu

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conseguido manter.

A propósito do plano de finanças do Governo, aproveitando a ocasião de estar no uso da palavra, eu disse que o Sr. Presidente -do Ministério vindo à Câmara e afirmando que esta lhe não discutia as suas medidas pretendia talvez dar a impressão de que não. trabalhávamos ; e salientei então, que o Parlamente tinha es'-tado a trabalhar, justamente^numa proposta de lei apresentada .pelo Governo.

Foi neste sentido que eu falei.

Eu não podia, repito, mais uma vez, pôr em dúvida o republicanismo do coronel- Sr. António Maria Baptista, porque sei, de facto, que é um bom republicano ; mas ser republicano, só por si, não basta para ser-se chefe de Governo.

Portanto...

O Sr. Plínio Silva (aparte): — Estamos a aprender como se podem fazer' dois discursos antes da ordem do dia. (Apoiados da maioria}.