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Sessão de 26lâe Abril de

do poder convencer S. Ex.a, mas para chamar a sua atenção sobre casos que me parece deviam fazer parte da decreto publicado.

S. Ex.a não faz menção da maneira como as fábricas hão de proceder para dar os 8 por cento da farinha.

Fica numanubnlose a questão das massas e bolachas, o que me parece devia ter sido mencionado em especial. (Apoiados].

S. Ex.a sabe que as massas, bolachas o pastelarias consomem talvez 60 a 70 toneladas de trigo por dia.

E sobre isto que desejava chamar a. atenção de S. Ex.a

Parece me, portanto, que há toda a vantagem em resolver esta questão de forma a que haja uma ou duas fábricas que só trabalhem para massas e bolachas.

Parece-me que, havendo em Lisboa fábricas que têm aproximadamente o poder de laborar das 60 ou 70 toneladas para • a fabricação de massas e pastéis, elas deviam ser aproveitadas para esse fim, trabalhando as outras uniformemente só com o diagrama do pão.

Não seria difícil obter de duas fábricas especiais a farinha que se necessite para as massas e bolachas.

Assim eu espero que S. Ex.a reconsidere e dê as suas ordens, pois tenho a certeza de que a moagem verá com prazer isso, pois será menos um motivo pelo qual ela poderá ser acusada e digo isto com tanta mais razão quanto ó certo que •já ouvi acusar esta falta do decreto como Uma manigância da moagem. !

Eu, Sr. Presidente e Sr. Ministro, não quero vir aqui discutir as acusações já feitas contra fraudes e crimes imputados à moagem aqui no Parlamento ; o meu desejo é que V. Ex.a, segundo o inquérito a que mandou proceder, ponha as cousas no seu verdadeiro pé, isto ó, que se castigue, se na realidade ola tom cometido essas fraudes, ou que castigue todos aqueles que de ânimo leve têm feito acusações que se não possam provar.

V. Ex.a, Sr. Ministro, declara no seu decreto que não estabelece desde já o. regime cerealífero de futuro.

Eu creio, Sr. Presidente, quo S. Ex.a errou.

Poderá S. Ex.a julgar que esse facto não tom importância para o aumento da

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j cultura, porem eu, como um pouco conhecedor quo sou do assunto, devo dizer que neste momento ainda se podiam fa-e zer alqueives e S. Ex.à, que é alentejano, deve sabor que a terra se tem de preparar com antecedência para se poder semear o trigo no ano seguinte, no regime de afolhamentos que mais se usar no Àlentej o.

Assim,, se S. Ex.a tivesse fixado desde já o regime cerealífero e tivesse tido o cuidado do tratar da aquisição dos adubos químicos e do seu preço, eu estou certo de que a sementeira aumentaria muito.

Eu, Sr. Presidente, estou certo, deque o Sr. Ministro não está fora da necessidade que existe de dar a todos aqueles quo trabalham a remuneração do sou trabalho, porém, no seu decreto diz quo o preço do trigo não será no futuro info-rior a $22.

Isto, Sr. Presidente, não basta, o necessário ora que tivesse fixado desde já um prrço de acordo com a média do preço da aquisição do trigo exótico, quo seria maior e que inspiraria confiança ao lavrador.

Se S. Ex:a tivesse feito isto/pode crer que teria feito um grande serviço à economia nacional, porque nós, como todos sabem, temos um grande inimigo que,é o contrabando que se faz para Espanha e a única forma que temos de impedir que esse contrabando se faça é estabelecer as cousas de forma que não haja vantagem em o fazer, o estabelecendo o jítfeço mundial para o trigo impossibilitávamos a exportação.

Nós, Sr. Presidente, estamos a vender o pão por preço muito mais baixo que em todo o mundo.

Nós, Sr. Presidente, temos o exemplo da França, cujo erro já foi emendado, e que por ter querido baixar o preço do pão perdeu muitos milhões do francos.

i Entre nós, por esse princípio errado seguido, tomos querido dar ao povo o pão por uni preço muito inferior ao custo !

Desejo, Sr. Presidente, que S. Ex.a me diga quanto perde actualmente o Estado com o preço quo V, Ex.a fixou no decreto o o preço quo custa o trigo actualmente só Estado.