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de S6 d« Abril de 1020

Foi devido não só às condições daquele ano, que foram favoráveis, mas ao muitíssimo que se semeou, devido à facilidade com que se distribuíram os adubos, à facilidade que houve nos caminhos de ferro em fazer os transportes, e devido ainda ao facto do não termos essa política de desconfiança, essa política dissolvente que há-do ser ' a ruína da nossa terra.

É preciso restabelecer a confiança, ó preciso que aqueles que trabalham não sofram vexames, mas colham os proventos dos seus labores.

Sr. Ministro : estou convencido, por estudos especiais, não meue, mas de especialistas, que nós com facilidade podemos produzir em Portugal a quantidade necessária de cereais para a nossa manutenção.

Não são precisos os grandes trabalhos de irrigação, que levariam muito tempo, é preciso apenas uma política ení que se respeitem as leis, ó preciso levar as conveniências do lavrador, que não terá no ano seguinte leis diversas daquelas que são precisas para garantir o resultado do seu labor. Nós temos já exemplo de que, com uma melhoria fácil de executar, quá-si que se pode duplicar a nossa produ-

Sr. Presidente: as médias da nossa produção, e permita-me V. Ex.a que apenas faça uma ligeira referência a elas, porque não tenho muita confiança nas cs-tatisticas, não porque não estejam .à frente dô.sse serviço pessoas muito dignas-e competentes, mas pela relutância que há da parte de quem dá os meios para Gsses dados estatísticos, porque o lavrador ao ser convidado "a dar esses números, pensa sempre que é uma acção fiscal e engana, não pelo desejo de ser mau, mas porque foi enganado. ..

O Sr. Júlio Martins (interrompendo)'.— Garanto1 a V. Ex.a que nSo sabemos, de há anos a esta parte, qual a quantidade do trigo que se produz.

- O Orador: — Não t;abomofi. ÊHKO namoro é dado segundo a ventado do quem o escrevo. Não se sabe o trigo que esúite, não se sabe a terra que se semeia, tudo ó montiru, porque todou i-tlo obriga- j dói; ti dcíeiidor-yo nons ".os out^ou» j

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Mas, no dia em que possamos levar ao íntimo dessas classes a convicção do que podem efectivamente produzir, estou corto que a nossa produção se elevará a um terço mais o teremos o nosso déficit com-pletamente morto.

Sr. Presidente; tenho ouvido falar em que se vai conceder vantagens para a aquisição de máquinas.

Tenho ouvido falar tanto nessa facilidade sobre as máquinas, que já tenho vontade de estudar bem esse caso, não haja aí por detrás qualquer pessoa que tenha interesse ilícito nisso.

As minhas palavras não podem atingir do forma alguma o Sr. Ministro da Agri-cultur,a actual,-nem o- Sr. Ernesto Navarro, por quem tenho a maior consideração e respeito, mas já ouço falar com tanta frequôncia na entrada, livre de direitos, das máquinas, que já estou convencido de que é preciso muito cuidado.

Sr. Presidente: acerca dos adubos, desejaria que S. Ex.% o Sr. Ministro, me dissesse se já tem a quantidade de adubos necessários para o nosso consumo e a que preço ficarão.

Disse S. Ex.a que daria facilidade no transporte dê adubos, mas, se eles não existem, é música celestial.

Disseram-me, não sei se é verdade, que apenas 'se contava, nominalmente, com 45:000 toneladas de fosfates. Ora, nós devemos precisar dumas 120:000 toneladas de adubos para termos a quantidade necessária para uma pequena intensificação, não a intensificação necssária, mas uma pequena intensificação.

O Sr. Cunha Liai: —Nós precisamos muito mais/fosfatos e temos qne desdobrar os fosfates. A Companhia União Fabril precisa de quinze á vinte dias para pôr as máquinas a trabalhar, e eu pre-gunto: teremos tempo,para os fabricar?

O Orador:—Ainda há tempo, o que urge ó tomar uma resolução. A União Fabril é uma fábrica das mais perfeitas do mundo, podo fabricar imnto em pouco tempo, o qii£ ó preciso ó que e não percam 0

Eu piTHiio penitonHar-me,