O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

6

Os interesses do Estado estavam, pois, ressalvados como ein nenhuma outra obra a seu cargo.

O Sr. Brito Camacho: — Fiscalização de comanditários a 120$ por mês.

O Orador:—As interrupções de V. Ex.a são sempre apreciadas.

Nas obras particulares melhor e mais severamente administradas têm um mestre de obras e um encarregado de carpinteiro é outro de carpinteiro na construção duma propriedade de dez inquilinos, alôin do fiscal por parte do proprietário que ó em regra o arquitecto, autor do projecto.

Nos Bairros Sociais a economia é maior, porquanto se estabelece o princípio de três dirigentes para administrar a construção de habitação para vinte inquilinos, e para fiscalizar mil habitações existiam cinco fiscais em cada bairro, que eram os cinco arquitectos da comissão técnica.

E bom não fazer injustiça nas acusações, mas isso dá muito trabalho.

Os tais três comanditários, ganhando

120$ por mês, recebem menos do que ^,1 x* i

ou pugci nhS uuiu» peiruumures.

O Sr. Mem Verdial:—Não apoiado.

i

O Orador: — É preciso notar que ai nos Bairros Sociais os comanditários estão também a trabalhar. - Mas eu não tenho culpa que se tivesse imprimido às obras unia orientação diversa da que eu tinha, porquanto saí do Ministério após o lançamento da primeira pedra no Bairro Social do Arco do Cego.

Para que os conselhos comanditários dessem na prática resultados económicos, havia sido, previamente, combinado que fossem adquiridos os necessários pinhais, bancos de areia, pedreiras e fábrica de tejolo, para que fossem essas próprias comanditas a fornecerem a obra desses materiais, fugindo-se assim à desmedida ganância dos habituais fornecedores.

Mas veio depois o Sr. Domingues dos Santos, que elaborou um novo regulamento.

Como, porém, S. Ex.!l vive afastado da vida da construção civil, sem ser por mal, só conseguiu fazer uma cousa que é a ne-gaçfto de tudo quanto ea havia pensado conseguir.

Diário da Câmara dos Deputado

O Sr. Doiningiíes dos Santos: — Não apoiado.

O Orador: — Eu já provarei que S. Ex.a, sem querer, estragou aminhaidea.

Não foi com má intenção; mas o resultado foi esse.

Digo isto tam à boa paz, quanto ó certo que sou um dos primeiros a prestar a justiça de reconhecer que se não fosse a acção de S. Ex.a ainda não se tinha feito a inauguração do pau de fileira.

S. Ex.a entendeu, sem dúvida, na melhor das intenções, que devia fazer um novo regulamento, e fê-lo, estabelecendo que os comanditários fôtíseni somente empreiteiros de mão de obra. A aquisição dos materiais passou a ser função dó' conselho de administração. Aqui começou o mal que ó das obras do Estado, que é a acção delapidadora dos fornecedores.

Ainda agora se vê, pelo que se passa com o caso levantado que deu origem à prisão dalguns fornecedores, o que são as manigâncias que se fazem com os fornecimentos do material. Concursos há em que indivíduos apresentam propostas j a preços que são impraticáveis para os honestos.

. E que eles contam com as más artes para roubarem o Estado. Não há fiscalização capaz de conseguir acabar com essas manigâncias.

O Sr. Mem Verdial (interrompendo]: —

Eu tenho dirigido muitas obras, sei bem

o que só passa. No fim da obra meço os

Imateriais empregados. Sei quantas dúzias

l de tábuas de soalho se empregaram, a quan^

' tidade de pregos. ..

O Sr. Lago Cerqueira (interrompendo): — Se ó fácil a fiscalização na obra particular, porque não há-de o Estado também fazê-la?!...