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Sessão de 6 de Dezembro de 1920

dado o melindroso aspecto da nossa situação financeira.

Como Ministro das Finanças aqui venho ao Parlamento desobrigar-me da promessa quo fiz, com a consciôncia tranquila.

Não sei como o meu trabalho será avaliado pela Câmara, não sei como o Parlamento o apreciará, mas isso ó-mo indiferente; tenho a consciência de proceder para bem dos altos interesses da República e da Pátria, e isso mo basta.

Eu, neste lugar, serei o mesmo quo fui na oposição, som tirar uma vírgula das afirmações que então proferi. (Apoiados).

Estou aqui para cumprir quantas afirmações fiz na oposição. (Apoiados).

Vozes: — Muito bem.

O Orador: — Não tenho de alterar acni .uma palavra, por mais impulsiva quo ela iòsse, porquo todas foram ditadas por um sentimento patriótico.

Eu, no curto espaço de tempo que durou o Ministério Álvaro do Castro, comecei por cumprir a primeira parte das minhas promessas.

Fui ou o único homem público que. no Parlamento e fora dele, afirmou quo, sendo uma necessidade dolorosa, era, contudo, uma necessidade aumentar a circulação fiduciária. "Era criar no espírito público terríveis desilusões isto do acostumá-lo à idea de que iríamos reduzir a circulação fiduciária.

Estava longe do Parlamento quando o Sr. Ministro das Finanças de então, o Sr. Pina Lopes, apresentou a sua proposta sobre lucros de guerra, mas tive •ocasião do dizer lá fora, referindo-me a um período do rehitório que precedia essa proposta do lei, no qual se afirmava qualquer cousa como uma tragédia, que ora a necessidade de queimar o tal montão do notas, tivo ocasião de dizer o seguinte: -«Não queiramos desilusões; o crédito do Estado precisa de robustecer-se e as condições do País não permitem a realização ,-do empréstimos, nem tam pouco a redução do defic.it; de forma que temos de ser conduzidos ao aumento da circulação fiduciária». S este aumento náo o defendo GO leòricamontc, mas encaro-o como

uma consequência inevitável da maneira como até aqui só tem administrado o Estado; encaro-o à face das realidades.

E, quando cheguei ao Poder, verifi-quoi, como confirmação do que afirmava, quo, eu havíamos do entrar no caminho da ilegalidade, aumentando a circulação fiduciária iora das condições marcadas pela Constituição, ou teríamos do legalizar uma situação, e, claramente, como corolário do toda esta má administração do Estado, dizer ao mesmo Estado que era preciso aumentar a circulação fiduciária. (Apoiados].

Portanto, nesso curto período da minha estada no Poder, c através das agitadas paixões da Câmara, cn tivo ocasião, com uma coerência que, vamos, 6 um exemplo já raro nesta Câmara, do realizar dentro do Governo uma das partes do meu programa da oposição, afirmando quo era necessário aumentar a circulação fiduciária, c não já para quo concordassem comigo, mas porquo ora necessário primeiro moralizar a nossa administração antes de pensarmos om empréstimos; era necessário primeiro ganhar a confiança e o crédito do Estado. E, nessas condições, não podendo realizar empréstimos internos ou externos, não podendo diminuir o déficit e, pelo contrário, havendo talvez necessidade de o aumentar, a única salvação que existia era essa: ou aumentar a circulação fiduciária ou fecharmos a porta, embora os teóricos não concordassem com esse aumento.

Mas já por aí se diz: <_ que='que' de='de' redundou='redundou' realizar='realizar' num='num' convencido='convencido' dos='dos' quo='quo' do='do' nós='nós' se='se' por='por' maior='maior' um='um' fez='fez' não='não' emissão='emissão' ora='ora' verdadeiro='verdadeiro' como='como' ser='ser' a='a' empréstimo='empréstimo' exemplo='exemplo' cento='cento' em='em' i='i' estou='estou' oferecido='oferecido' fizéssemos='fizéssemos' o='o' p='p' tesouro='tesouro' conseguiríamos='conseguiríamos' eu='eu' fracasso.='fracasso.' bilhetes='bilhetes' fosso='fosso' realizei='realizei' juro='juro' _8='_8' condições='condições' porque='porque' absolutamente='absolutamente'>

Digam os teóricos o que disserem; só o meu primeiro cuidado foi aumentar n circulação fiduciária foi porque esse facto já estava apontado no meu programa da oposição.