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Diário da Câmara dos Deputados

sei que não cometeria a indelicadeza de deixar de responder ao Sr. António Granjo.

O discurso do Sr. António Granjo foi um discurso de defesa do contrato dos trigos e do carvão e não a propósito da Agência Financial, pois sobro Agência' Financial não disse cousa de registo.

S. Ex.a talvez se julgasse dispensado de fazer considerações de ordem técnica por os seus correligionários as terem já leito.

Nos termos taxativos do Regimento S. Ex.a não deAria afastar-se da sua moção.

Disse S. Ex.a que o Ministro das Finanças nos seus três discursos não tinha feito outra cousa senão obstrucionismo a si próprio.

Não, Sr. António Granjo! Não, Sr. Presidente !

O Sr. Ministro das Finanças não podia guardar silêncio perante esta questão porque lá fora continuaria a campauha de descrédito.

Eu lembro-me que o Sr. Ministro das Finanças ao iniciar o debate da Agência Financial pôs a questão nestes termos. Se guardasse silêncio lá fora seria anavalhado e se falasse teria de dizer tudo que era grave para os interessas do Estado.

Hoje o Sr. António Granjo. pelo que disse, está em contradição com o Sr. Ferreira da Rocha, pois S. Ex.a não viu inconveniente para os altos interesses do Estado nas palavras do Sr. Ministro das Finanças.

O Sr. António Granjo: — O que eu disse foi que o Sr. Ministro devia sacrificai-os seus interesses pessoais e até a sua honra perante os altos interesses do Estado.

O Orador: — S. Ex.!l disse que o Sr. Ministro Jas Finanças não tinha direito a estar mais um dia perante tal situação.

Talvez o Sr. Ferreira da Rocha, ao considerar as palavras do Sr. Ministro das Finanças, nos termos em que as considerou, quisesse chegar à conclusão de qne S. Ex.a o Sr. Ministro das Finanças, que é incontestavelmente uma autoridade na matéria em discussão, com os seus argumentos, não tinha dito nada, absolutamente nada, de novo.

Talvez Sr. Presidente fosse esta a conclusão a que S Ex.a queria chegar; porém, a Câmara lembra-se muito bem que o desejo do Sr. Ministro das Finanças era de que a comissão de finanças da Câmara dos Deputados se reunisse a fim de ela poder ouvir aquilo que S. Ex.a considerava grave, porém tal não se fez, por isso que a dita comissão de finanças pela boca do seu ilustre presidente mostrou-se abertamente contrária sobre a maneira de ver do Sr. Ministro das Finanças.

Assim Sr. Presidente eu devo declarar que é bom dizer ao Pais o que se passa com a questão õ a Agência Financial a dentro do Parlamento.

Lembram-se de certo V. Ex.as do que se passou o ano passado sobre o assunto com a interpelação do Sr. Vasco de Vasconcelos, que levantou aqui a questão, tendo-se pronunciado a Câmara no sentido de que ela baixasse à comissão de finanças, porém, a comissão de finanças, Sr. Presidente, e bom é que se diga isto ao País, até hoje tem guardado o mais absoluto silêncio sobre o assinto, se bem que o Sr. Ferreira da Rocha e mais um dos seus correligionários fizessem parte da comissão de finanças.

Esta, Sr. Presidente, é que é a verdade ; a dentro da comissão de finanças não se tratou da questão da denúncia de harmonia com os interesses do Estado, a comissão de finanças manteve o mais completo silêncio sobro o assunto até hoje, e agora dizem que a responsabilidade deve ir a quem toca.

Isto é que é a verdade e <_ p='p' que='que' país='país' isto='isto' necessita='necessita' saber.='saber.' o='o'>

O Sr. António Granjo no decorrer das suas declarações disse que o Sr. Ministro das Finanças, apresentando hoje ao Parlamento a proposta que apresentou, praticou um acto de discordância, por isso que as suas declarações de ontem não se harmonizam com as de -hoje.

O procedimento do Sr. Ministro das Finanças, completando ontem o seu discurso, mandando para a Mesa a proposta que mandou, não representa urna transigência. (Apoiados).

S. Exa nunca deixou de preconizar o inquérito, porque não o preconizou.