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Sessão de 25 de Janeiro de 1921

Procurarei empregar os meus esforços no sentido de melhorar as condições de vida dos funcionários a que V. Ex.a se referiu.

O Sr. António Mantas:— Chamo a atenção do Sr. Ministro da Agricultura.

Chegam ao meu conhecimento factos de uma certa importância que ocorrem na Escola Agrícola de Coimbra.

Não sei se o Sr. Ministro da Agricultura tem conhecimento do que se passa.

Creio que na Escola Agrícola há falta de professores.

O director não vai à escola e por consequência está fechada a aula de botânica.

Tenho conhecimento de que o professor de francês faleceu em Maio do ano passado, e ato hoje não se proveu o lugar.

O lugar de professor de inglês também está vago, falta o professor de matemática, e além disso tenho conhecimento de que o Sr. Padre Antunes, professor de canto coral, dorme na escola de sábado para domingo (contra o regulamento escolar) propositadamente para influir no espírito dos rapazes, a fim de os obrigar a ir à missa de domingo, em S. Marti-nho do Bispo.

Eu não tenho nada com a religião de cada um, mas o que não posso admitir é que um professor, que não tem direito a dormir na escola, o faça ao sábado, para obrigar no domingo os alunos a irem à missa.

Mas o mais grave ó que se distribuem frequentemente pelos alunos retratos de D. Nuno, e juntamente com eles distribuem-se papéis com palavras afrontosas para o regime.

Creio que na escola há escritas pelas paredes palavras ofensivas para o regime, sendo-me isto comunicado pelo pai de um aluno, que se viu forçado a tirá-lo de lá.

Sendo ' assim, chamo a atenção do Sr. Ministro da Agricultura, solicitando de S. Ex.a um inquérito a esta escola para que sejam suprimidas todas as deficiências que lá existam, e para se averiguar dos factos apontados.

Aproveito a ocasião de estar com a palavra, para requerer a V. Ex.a que, na próxima sessão de quinta-feira, seja an-

tes da ordem do dia discutido o projecto n.° 106-K. Tenho dito.

O Sr. Ministro da Agricultura (João

Gonçalves) í — Sr. Presidente: uma parte das considerações que acaba de fazer o Sr. António Mantas já eram do meu conhecimento. Assim, sobre a falta de professores já tinha pedido explicações ao Sr. Director da Instrução Agrícola, tendo ficado assente que seriam nomeados professores de reconhecida competência para as aulas de francês e inglês, e bem assim para a de matemática.

Sobre o director, sei que se encontra há muito tempo doente, e eu estava na disposição de mandar fazer um inquérito; porém, falando com S. Ex.a,.ele alegou as razões de várias faltas, pelo que julguei não ser necessário intervir mais no assunto, tendo-lhe igualmente dito que me constava que na escola se fazia uma certa política.

Infelizmente, vejo que ela se continua a fazer, pelo que o mais rapidamente possível nomearei pessoa idónea para fazer um inquérito.

Creio, assim, ter respondido às consi-rações de S. Ex.*

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Viriato da Fonseca: —^ Sr. Presidente : até há pouco tempo havia simplesmente um curso de artilharia que habilitava os oficiais dessa arma para os diferentes serviços dela, quer os de artilharia de campanha, quer os de artilharia a pé em que estavam incluídos os de guarnição, costa, arsenais e comissões técnicas.

Mais tarde separou-se essa arma em dois grupos com quadros e cursos distintos, mas os oficiais de artilharia com os antigos cursos foram distribuídos indistintamente pelos dois grupos, passando a fazer parte dos quadros correspondentes.

Sendo, como eram, diferentes os novos cursos e as funções de cada um desses grupos, correlativamente ficaram sendo diferentes as regalias e vencimentos dos oficiais pertencentes a cada am deles.