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Sestão de 16 d* Maio de 1921

giões mais ou menos populosas e que por isso representam na economia do país mais valor umas do que outras.

A verdade é que o Estado não está em condições neste ano económico de acudir a todas as estradas que precisam de reparações. No ano económico futuro apresentarei uma proposta de lei para se proceder a reparações julgadas urgentes, mas neste momento é inteiramente impossível conceder mais dinheiro para esse fim.

O Sr. Costa Júnior:—Mas os 2.000$ que V. Ex.a concedeu, para o ramal da Marinha Grande à estação do caminho de ferro, foram desviados para outra aplicação.

O Orador:—Vou averiguar, porque não me lembro de ter alterado o que fiz por uma portaria. O Sr. director não podia modificar o que eu fiz. Informar-me hei do que há e providenciarei, para que os dois contos tenham a aplicação que lhe quis dar.

O Sr. Costa Júnior:—V. Ex.a dá-me licença ?

Vota-se anualmente uma verba de 5.000$ para a estrada da Marinha Grande à Nazaré. Mas essa verba não se tem aplicado, porquanto ainda não se realizou obra alguma.

O Orador: — Vou chamar a atenção de quem compete para esse assunto. O orador não reviu.

O Sr. António Francisco Pereira: —

Sr. Presidente : sou forçado a vir perante a Câmara chamar a atenção do Sr. Ministro do Comércio e Comunicações para a situação um que se encontram os ferroviários despedidos depois da greve.

Há tempo já que solicitei a atenção de S. Ex.a para esses infelizes' que foram demitidos do serviço dos caminhos de ferro do Estado.

Particularmente disse S. Ex.a não ter dúvida em os receber, de forma a trocar impressões com eles e dar depois uma resposta às suas reclamações.

O que eu vi, Sr. Presidente, ó que até hoje ainda não foram recebidos no seu gabinete, motivo por que venho novamente pedir a V. Ex.a o obséquio de os receber

e atendê-los nas suas reclamações, que iulgo serem do toda a justiça.

Se é certo que a greve ferrroviária causou prejuízos ao Estado, não menos certo é que graves prejuízos causou igualmente aos operários, não me parecendo portanto justo, neste momento, que por parte dos operários devam existir represálias para com o Estado, nem que por parte do Estado existam represálias para com os operários.

A greve poder-se há cônsul, irar uma espada de dois gumes; fere dos dois lados; e a greve "ferroviária feria dum e outro lado, mas achando-se os serviços mais ou menos normalizados, e podendo o Estado considerar-se vencedor, justo ó que tenha para com eles a atenção que 6les merecem.

Peço, pois, mais uma vez ao Sr. Ministro do Comércio e Comunicações que receba os operários no seu gabinete, visto eles pertencerem a uma associação legalmente constituída.

Eram estas,, Sr. Presidente, as considerações que desejaria apresentar ao Sr. Ministro do Comércio e Comunicações, esperando que S. Ex.a me houre com uma resposta.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Ministro do Comércio e Comunicações (António Fonseca): — Sr. Presidente : pedi a palavra para responder às considerações feitas pelo Sr. António Francisco Pereira.

Devo dizer a S. Ex.a que, se efectivamente ainda não recebi até hoje a comissão de funcionários, isso tem sido devido ao pouco tempo de que disponho.

O meu desejo seria receber todas as pessoas que me procuram, mas nem «em-pre as poderei receber quando elas de§«-jam.