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Sessão de 8 de Janeiro de 1923
O Sr. Presidente: — O Ministério não vem hoje à Câmara. Estou informado de que só comparecerá amanhã.
O Sr. Paulo Cancela de Abreu: — Sr. Presidente. V. Ex.ª acabou de comunicar à Câmara que o Ministério não comparece hoje.
Nestas condições, não desejo usar da palavra, e peço a V. Ex.ª o favor de pedir ao Sr. Ministro do Comércio para comparecer na sessão de amanhã, pois desejo tratar da venda do vapor Lima na presença de S. Ex.ª
É aprovada a acta.
O Sr. Presidente: — Tenho a comunicar à Câmara que, por se ter produzido um desarranjo na máquina geradora da electricidade, não podem as sessões continuar a funcionar, como até aqui, das 3 horas da tarde às 8 horas da noite.
Como o conserto é demorado, pois levará cêrca de um mês, temos necessidade de alterar a hora da reünião das nossas sessões.
V. Ex.ªs dirão o que convém mais: se das 9 horas da manhã às 13 horas, se do meio dia às 4 da tarde.
Nestes termos, vou pôr à votação uma das duas hipóteses.
S. Ex.ª não reviu.
O Sr. Pedro Pita: — Sr. Presidente: todos nós temos mais ou menos que fazer, sem ser na Câmara. Alterar, pois, a hora da abertura da sessão é perturbar a vida de todos nós, que está orientada num determinado sentido.
Se a Câmara não tem luz para funcionar, deve então o Parlamento suspender as suas sessões ou reünir na sala do Senado, como já várias vezes se tem feito.
Parece-me, pois, que qualquer resolução que se adopte não deve ter efeito imediato, pelas razões que venho de apresentar.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Presidente: — V. Ex.ªs resolverão como entenderem.
S. Ex.ª não reviu.
O Sr. Jaime de Sousa: — Sr. Presidente: acho perfeitamente justificadas as considerações apresentadas pelo Sr. Pedro Pita, mas é indispensável que o Parlamento não interrompa os seus trabalhos. Não se pode perder um dia, não se pode perder uma hora.
Entendo, pois, que a Câmara deve resolver no sentido da segunda hipótese, isto é, do meio dia às 4 horas da tarde, porque assim não é largamente prejudicada a vida de cada um.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Carvalho da Silva (para interrogar a Mesa): — V. Ex. a, Sr. Presidente, informa-me se a sessão continua durando o mesmo período de tempo?
O orador não reviu.
O Sr. Presidente: — Sim, senhor.
O Sr. Carvalho da Silva: — Muito agradecido a V. Ex.ª
S. Ex.ª não reviu.
O Sr. Presidente: — Vai votar-se. Os Srs. Deputados que entendem que as sessões devem começar às 12 horas...
O Sr. Velhinho Correia (sôbre o modo de votar): — Sr. Presidente: parece-me que V. Ex.ª devia começar pela hora mais matutina.
O orador não reviu.
O Sr. Presidente: — Mas V. Ex.ª apresente uma proposta, e eu ponho-a à votação.
S. Ex.ª não reviu.
O Orador: — Então eu proponho que os trabalhos parlamentares comecem às 9 horas.
O Sr. Presidente: — Está em discussão a proposta apresentada pelo Sr. Velhinho Correia.
O Sr. Hermano de Medeiros: — Sr. Presidente: salvo o devido respeito que tenho pelo Sr. Velhinho Correia, entendo que as sessões às 9 horas são absolutamente impraticáveis, pois às 11 horas ainda não haverá número; e, como disse o Sr. Pedro Pita, não é de um dia para ou-