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Diário da Câmara dos Deputados
Antes da ordem do dia
O Sr. Júlio de Abreu: — Sr. Presidente: pedi a palavra para chamar a atenção do Sr. Ministro do Comércio para o facto que se dá na linha de Focinho a Miranda, onde foram fechadas duas estações para se fazer economias, transformando-as apenas em passagens, onde não se pode fazer despachos e o passageiro tem de pagar mais 20 por cento. Isto não é justo e poderia haver da mesma maneira economia transformando essas estações em apeadeiros, em que faz serviço em geral o guarda da linha, mas onde se vendem bilhetes e se fazem despachos.
Peço ao Sr. Ministro do Comércio o favor de se interessar junto do caminho de ferro do Minho e Douro para transformar as estações em apeadeiros.
Não está presente o Sr. Ministro do Interior e eu peço ao Sr. Ministro do Comércio que transmita a S. Ex.ª as minhas considerações.
O Sr. Pedro Pita tratou aqui da eleição da Junta Geral do distrito de Bragança. 1 Há tempo que já me tinham feito iguais reclamações, mas entendi que não era aqui que se devia trazer essa questão de campanário; mas uma vez que ela aqui se debateu, eu vou expor os factos como se passaram.
Fizeram-se as eleições no distrito de Bragança e em doze concelhos. Nos diferentes concelhos foram eleitos dezasseis procuradores, sendo oito de uma facção política e sete de outra facção, sendo um dêles independente, mas que votou com uma das facções. Em 2 de Janeiro devia reunir a Junta presidida pelo mais votado, como manda a lei, mas oito procuradores quiseram que fôsse eleito o mais velho, e assim foram reunir para um centro reconstituinte. O resto da Junta não pôde fazer nada por entender que estava em minoria.
O presidente e o tesoureiro da pseudo comissão executiva levaram os documentos, sendo então pedido o auxílio do administrador do concelho, que teve de mandar selar as portas do arquivo à noite, por não ter sido feita a entrega durante o dia.
Foi assim que se deu a intervenção do administrador, que apenas cumpriu o seu dever...
Direi ainda mais: para se pagar aos pobres asilados foi, preciso pagar do bolso particular.
Peço a V. Ex.ª para transmitir ao Sr. Presidente do Ministério o que digo, pedindo providências para êste estado de cousas.
O Sr. Ministro do Comércio e Comunicações (Vaz Guedes): — Devo dizer a V. Ex.ª que farei todo o possível para serem satisfeitos os desejos dos interessados.
Com respeito ao mais, eu transmitirei as considerações de V. Ex.ª ao Sr. Ministro do Interior.
O orador não reviu.
O Sr. Júlio de Abreu: — Pedi o palavra para agradecer ao Sr. Ministro, ficando aguardando as providências anunciadas.
O orador não reviu.
O Sr. Joaquim Ribeiro: — Sr. Presidente: desejava fazer umas considerações à Câmara na presença do Sr. Ministro da Agricultura.
Quando foi da minha interpelação, eu referi-me ao pão político e o Sr. Ministro foi o primeiro a concordar comigo.
S. Ex.ª apresenta uma proposta; essa proposta baixa à comissão de agricultura que a aprecia e modifica...
O Sr. João Luís Ricardo: — Perdão, essa proposta não foi modificada pela comissão, mas sim por emendas apresentadas pelo Sr. Ministro.
O Orador: — A verdade é que tal proposta, cujas disposições estavam, aliás, em completo desacordo com as declarações feitas pelo Sr. Ministro, não logrou a sanção da comissão, no seio da qual ela dorme ainda.
O tempo passa, a questão arrasta-se e o chamado pão político continua a manter-se em prejuízo do Estado e dos interêsses da restante população do País, nas cidades privilegiadas. de Lisboa e Pôrto.
Não compreendo, ninguém compreende o benefício de uns em detrimento de outros.
Muitos apoiados.