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Diário da Câmara dos Deputados
Do Ministério das Colónias, pedindo designadas alterações na proposta orçamental daquele Ministério.
Para a comissão do Orçamento.
Da Companhia Industrial Portuguesa, pedindo autorização para mandar distribuir pelos Srs. Deputados um folheto sôbre «O problema das comunicações ferroviárias entre o oceano e o Tejo».
Para a Secretaria.
Da Câmara Municipal de Alijo, pedindo a publicação imediata da lei que permite a elevação da percentagem sôbre as contribuições.
Para a Secretaria.
Da junta de freguesia, regedor e paroquianos de Parada de Bouro, apoiando as reclamações dos católicos.
Para a Secretaria.
Telegramas apoiando as reclamações dos católicos
Da Junta de Freguesia de Tolosa, como de Nisa.
Da Junta de Freguesia de Alcains.
Das Juntas de Freguesia de Aguiar da Beira.
D Junta de Freguesia e regedor de Portela, Arcos de Valdevez.
Dos proprietários e operários da Fábrica de Tecidos do Pisão, freguesia de S. João, Caldas de Vizela e Confraria do Senhor.
Para a Secretaria.
Telegrama
Da Federação de Amigos das Escolas Primárias do Pôrto, saudando a Câmara dos Deputados.
Para a Secretaria.
Admissão
Projectos de lei
Do Sr. Henrique Pires Monteiro, regularizando as promoções de oficiais, efectuadas por diuturnidade.
Para a comissão de guerra.
Do mesmo, reduzindo o estado maior general. Para a comissão de guerra.
iates da ordem do dia
O Sr. Presidente: — Estão presentes 50 Srs. Deputados. Vai entrar-se no período de «antes da ordem do dia».
Tem a palavra o Sr. Leote do Rêgo.
O Sr. Leote do Rêgo: — Sr. Presidente: mais um crime praticado em circunstâncias terríveis veio causar horror à população de Lisboa, crime abominável até pelo local escolhido, sem nenhuma atenção pela missão piedosa que levou a êsse local a vítima.
Já há quem lhe chame crime social. Êste crime é mais um da longa série dos chamados crimes sociais que têm sido praticados êste mês. Cousa curiosa, Sr. Presidente! Assim como o mês de Agosto de 1921 teve o record das greves — nada menos de dezoito — assim o mês de Maio de 1923 parece ter o record dos tais crimes sociais.
O Sr. Presidente do Ministério tem-se tornado credor da admiração e agradecimento do País inteiro pela maneira enérgica e decisiva como tem conseguido manter a ordem.
Eu não quero que S. Ex.ª ponha um polícia ao lado de cada pessoa que se propõe fazer bombas, ou daquelas que se propõem deitá-las. O Conde de Santa Maria, apesar de todos os seus bons desejos, não conseguiu pôr uma bomba e bombeiros ao lado das casas que porventura de futuro viessem a arder.
Mas o Sr. António Maria da Silva, como chefe do Govêrno, tem certamente à sua disposição meios de informação e repressão bastante numerosos e de valia, para quê possa de qualquer maneira impedir que continue esta série ininterrupta de crimes de carácter social, que são destinados, segundo dizem os avançados, a melhorar a humanidade e fazer com que ela seja fraterna e boa.
Sr. Presidente: eu tenho, como de resto todo o mundo, imenso interêsse e desejo de que realmente a humanidade seja fraterna e boa, que a justiça e equidade venham a ser os únicos guias dos nossos passos e que ao estendermos os braços por cima das fronteiras encontremos mãos amigas, e não florestas de baionetas. Todos desejaremos que o metal candente que vai dos altos fornos, em