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Diário da Câmara doa Deputados
S. Cosmado (Armamar).
Várzea Cavaleiro (Sertã).
Tontosa (Marco de Canaveses).
Confraria de S. Nicolau (Porto).
Regedor de Santo Tirso, pároco e junta.
Regedores de:
Gralheira (Sinfães).
Panchorra (Resende).
Ferreiros (Sinfães).
Clero das freguesias de Castelo Rodrigo e-Sinfàes.
Câmaras Municipais de Macieira de Cambra e Vagos.
Confraria de Cedofeita (Porto).
Ordem Terceira do Carmo (Porto).
Antes da ordem do dia
O Sr. Presidente (às 15 horas e 45 minutos): — Estão presentes 50 Srs. Deputados.
Vai passar-se ao período destinado antes da ordem do dia. Tem a palavra o Sr. Leote do Rêgo.
O Sr. Leote do Rêgo: — Sr. Presidente: quando há dias fiz referências nesta Câmara ao convite feito aos nossos aviadores Gago Coutinho e Sacadura Cabral, para irem a França, eu congratulei-me sincera e entusiasticamente pela patriótica iniciativa do ilustre director do Diário de Noticias, o Sr. Augusto de Castro, mas disse então também que esperava que o Govêrno francês se associasse ao convite.
Vejo, Sr. Presidente, pelos telegramas publicados nos jornais, que efectivamente o Govêrno Francês fez saber ao Govêrno Português que considera hóspedes da França os dois ilustres aviadores, durante a sua estada em Paris.
Assim é que está certo.
Vão pois, Sr. Presidente, êsses dois grandes portugueses receber homenagens, não somente desta ou daquela agremiação, mas sim do toda a França, representada pelo seu Govêrno.
Sr. Presidente: vê-se pelas notícias telegráficas chegadas do Brasil que a inauguração da Exposição Portuguesa teve um grande brilho.
Congratulo-me com o Govêrno, e muito especialmente com o Sr. Ministro do Comércio, por tal notícia.
Sr. Presidente: até que emfim, a nau chegou ao seu destino, depois de uma viagem tormentosa, depois de ciclones, tempestades e, até ao que se diz, depois da ameaça do ser arrestada.
Congratulo-me também com a colónia portuguesa no Brasil, por ter demonstrado mais uma vez o seu grande patriotismo, estando pronta a indemnizar o Estado do todas as despesas feitas, e a adquirir os pavilhões portugueses.
O Sr. Joaquim Ribeiro: — Mas é indispensável o castigo dos que prevaricaram.
O Orador: — Sr. Presidente: para honra de todos nós e para honra também da nossa colónia no Brasil, o meu desejo é que o inquérito seja levado até o fim, Apurando-se todas as responsabilidades, de forma que se não repita o que se deu com os inquéritos a respeito do incêndio no Depósito de Fardamentos, do incêndio no Arsenal, do caso dos 50:000. 000 dólares e de tantas outras cousas semelhantes.
Apoiados.
São justos, Sr. Presidente, os apoiados que me deram da extrema direita, e se é certo que o Estado é republicano, Portugal continua a ser de todos os portugueses, de todos aqueles que desejam ùnicamente a maior honradez na administração do Estado.
Sr. Presidente: eu devia dizer a V. Ex.ª e à Câmara que sinto pelo Brasil uma grande admiração e muito folgo com o desaparecimento das ligeiras nuvens que há poucos anos prejudicaram as boas relações entre os dois países.
Ainda há três dias um dos mais ilustres professores de medicina do Rio do Janeiro proferiu na Academia de Sciências algumas palavras que a todos os portugueses devem ter causado grande emoção.
Quando se realizou a viagem aérea ao Brasil, eu fui daqueles que pensaram que a seguir a êsse raia, e à missão diplomática, de que tam brilhantemente se desempenhou o Chefe do Estado, se impunha a solução dos problemas económicos pendentes entro os dois países.
E de lamentar que quási um ano se tenha passado sem que um tratado ou convenção comercial esteja feito.