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Diário da Câmara aos Deputados
ranjar uma licença a quem não tinha direito a ela.
Como se vê, é uma maneira fácil de conseguir uma licença para qualquer indivíduo da classe militar.
O que acho, porém, é que o processo não é legal, e é mesmo vergonhoso.
Como não há justificação possível para semelhante caso, eu sou forçado a concluir que em tudo isto só houve em vista servir interêsses politícos com prejuízo do Estado, visto que houve despesas de passagens no caminho de ferro sem motivo justificável.
Protesto veementemente contra êste facto, pedindo a V. Ex.ª que faça chegar ao conhecimento do Sr. Ministro da Guerra as considerações que acabo de lazer, para que S. Ex.ª tome as providências precisas para que o cabo seja colocado na sua situação legal.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Carlos de Vasconcelos: — Sr. Presidente: não obstante já ter sido aqui versado por distintos parlamentares o assunto da greve marítima, eu não posso deixar, como Deputado colonial, de aludir também a essa questão, salientando com o meu protesto o abandono a que se tem deixado correr qualquer possível solução do conflito.
Sr. Presidente: parece que os Poderes Públicos da nossa terra ignoram que a paralisação da navegação acarreta gravíssimos prejuízos para as nossas colónias.
É de todos os dias a afirmação de que o futuro de Portugal está nas colónias, todavia, na prática não se procede em ordem a corresponder a semelhante afirmativa.
Eu espero que V. Ex.ª comunicará as minhas considerações ao Govêrno, pois o assunto é muito grave, e, preteri-lo ainda mais, importa agravar a vida económica da Nação.
Aproveito estar com a palavra para requerer a V. Ex.ª para consultar a Câmara a fim de depois de amanhã ser dado para ordem do dia o projecto referente aos cabos submarinos, e que seja avisado o Sr. Lúcio de Azevedo, que manifestou desejos de assistir à sua discussão.
O Sr. Presidente: — O projecto está na Imprensa Nacional a imprimir.
O Orador: — Então peço a V. Ex.ª para que, logo que esteja impresso, o marque para ordem do dia, mas com 48 horas, para se poder avisar o Sr. Lúcio de Azevedo.
O orador não reviu.
O Sr. António Maia: — V. Ex.ª diz-me qual é o número de presenças?
O Sr. Presidente: — O livro de registo marca 56 Deputados com presença.
foi a acta aprovada.
Foi rejeitado um requerimento que pedia para o Sr. Cunha Leal depor como. testemunha.
O Sr. Cancela de Abreu: — Requeiro a contraprova e invoco o § 2.º do artigo 116.º
Procede-se à contraprova.
De pé 38 Srs. Deputados.
Sentados 1.
O Sr. Presidente: — Não há número. Vai proceder-se à chamada. Procedeu-se à chamada e disseram «aprovo» 3 Srs. Deputados e «rejeito» 45.
Disseram «aprovo» os Srs:
Adolfo Augusto de Oliveira Coutinho.
Amadeu Leite de Vasconcelos.
Francisco Pinto de Cunha Leal.
Disseram «rejeito» os Srs:
Abílio Correia da Silva Marçal.
Afonso de Melo Pinto Veloso.
Alberto Jordão Marques da Costa.
Amaro Garcia Loureiro.
Angelo de Sá Couto da Cunha Sampaio Maia.
António Augusto Tavares Ferreira.
António Correia.
António Ginestal Machado.
António Pinto de Meireles Barriga.
António de Sousa Maia.
Artur Brandão.
Artur Rodrigues de Almeida Ribeiro.
Augusto Pereira Nobre.
Augusto Pires do Vale.
Baltasar de Almeida Teixeira.
Bartolomeu dos Mártires de Sousa Severino.