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Diário da Câmara dos Deputados
partido num frangalho que se possa agitar à vontade dum qualquer Ministro que, ao assumir o Poder, declare que ali está por direito de conquista.
Não somos vencidos; nós, vencidos ou vencedores, não acoitamos a situação de nos amarrarem ao carro triunfal passeando-nos pelas ruas.
Seremos absolutamente imperturbáveis na defesa dos nossos direitos e no cumprimento dos nossos deveres.
Apoiados.
Essa moção, que foi mandada para a Mesa pelo Sr. Álvaro de Castro, não pode ser aprovada por nós, dêste lado da Câmara, porque o silêncio do Sr. Presidente do Ministério sôbre as preguntas nítidas e concretas que lhe foram feitas representa uma confissão.
Apoiados.
S. Ex.ª pediu a dissolução do Parlamento, o que demonstra que está incompatibilizado com a maioria dêle.
Apoiados
A situação é esta. Não fômos nós quem a criou!
Apoiados.
Das suas conseqüências não queremos nós as responsabilidades!
Muitos apoiados.
Aceitamos a situação tal como no-la apresentam!
Apoiados.
É para mostrar que não temos a nostalgia do Poder, somos nós os primeiros a preconizar a formação de um Govêrno nacional!
Apoiados.
Se houver patriotismo e republicanismo acima das nossas paixões, ainda há-de falar a consciência do País, que exigirá a formação de um Govêrno nacional.
Muitos apoiados.
O orador não reviu.
O Sr. Presidente: — Não havendo mais ninguém inscrito, vai proceder-se à votação das moções.
Nesta altura, o Govêrno retira-se da sala.
O Sr. Carlos de Vasconcelos: — Requeiro prioridade para a moção apresentada pelo Sr. Álvaro de Castro e votação nominal.
Vozes: — Apoiado! Muito bom!
O Sr. Presidente? — São, portanto, dois requerimentos que o Sr. Carlos de Vasconcelos acaba de formular.
Vai votar-se o requerimento sôbre a prioridade.
Procede-se à votação.
Pausa.
O Sr. Presidente: — Está rejeitado.
O Sr. Tavares de Carvalho: — Requeiro prioridade para a moção apresentada pelo Sr. Tôrres Garcia.
O Sr. Presidente: — Não é necessário fazer tal requerimento, porque é a primeira moção que se vai votar.
O Sr. António Maia: — Mas o Sr. Carlos de Vasconcelos tinha feito dois requerimentos...
O Sr. Presidente. — O requerimento apresentado pelo Sr. Carlos de Vasconcelos para a prioridade na votação da moção do Sr. Álvaro de Castro foi rejeitado. Na altura, portanto, em que tenha de ser lida essa moção, será pôsto h votação o requerimento para sôbre êle incidir votação nominal.
Leu-se na Mesa a moção apresentada pelo Sr. Torres Garcia, do teor seguinte:
Moção
A Câmara dos Deputados, tomando conhecimento, pelas declarações do Sr. Presidente do Ministério, da restauração da ordem pública, saúda as fôrças de terra o mar pela sua admirável fidelidade à Constituição da República, e passa à ordem do dia.
Sala das Sessões, 12 de Dezembro de 1923. — A. A. Torres Garcia.
Foi posta á votação.
O Sr. Carlos Olavo: — Só os monárquicos é que não votam a saüdação à fôrça pública!...
O Sr. Presidente: — Está aprovada. Vai votar-se agora a moção apresentada pelo Sr. Carvalho da Silva.
Leu-se na Mesa.
É a seguinte;
A Câmara, ouvidas as declarações do Chefe do Govêrno, e esperando a oportu-