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8 Diário da Câmara dos Deputados

até Dezembro findo, por isso que só muito tardo êsses estabelecimentos de assistência poderão obviar à situação desastrosa em que se encontram.

O Sr. Ministro das Finanças disse me particularmente que concordava com a minha proposta, aproveitando, para, socorrer as várias Misericórdias do País, a parte excedente dos rendimentos das loterias da Santa Casa do Lisboa.

Sr. Presidente: o assunto deve merecer urgentemente a atenção da Câmara; o por isso peço para esta proposta a urgência, solicitando ao Sr. Ministro das Finanças o obséquio do declarar a esta casa do Parlamento se concorda ou não com ela.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro das Finanças (Álvaro de Castro): — Sr. Presidente: declaro que concorda com o projecto mandado para a Mesa pelo Sr. João Luis Ricardo, estando igualmente de acordo com o pedido de urgência que S. Exa. apresentou para a discussão do mesmo, contando que essa discussão só faça simultaneamente com a da minha proposta.

Aproveito a ocasião para requerer que seja inscrito na primeira parte da ordem do dia da próxima sessão o parecer n.° 668-A.

O orador não reviu.

Foi aprovado o requerimento do Sr. Presidente do Ministério.

O Sr. Presidente: — Vai passar-se à

ORDEM DO DIA

Foi aprovada a acta, sem discussão.

O Sr. Presidente: — Passa hoje o aniversário de uma data que ficou celebre na nossa história — a da batalha de La Lys.

Em homenagem à, memória dos que morreram nesse combato e a todos os portugueses mortos na Grande Guerra, eu proponho um voto de saudação ao exército português de terra e mar e que esta Câmara se associe à comemoração dos dois minutos de silêncio, às 17 horas.

O orador não reviu.

O Sr. Almeida Ribeiro: — Sr. Presidente: êste lado da Câmara associa-se comovidamente à saudação por V. Exa. proposta.

A guerra é sempre um mal. Para nós ela foi um mal que está ainda actuando, posada e cruelmente, na nossa vida, na nossa economia e até nos nossos costumes.

Mas, a guerra revê aspectos, teve acontecimentos que deram ensejo a revelações e demonstrações que legitimamente nos satisfazem e nos orgulham.

Efectivamente nos manifestamos qualidades de tanto brilho que dir-se-ia que a nossa raça não decaiu.

O dia 9 do Abril foi para nós a data de uma derrota militar; mas nessa derrota os que directamente a sofreram demonstraram a sua valentia, o seu denodo o, dum modo geral, a noção bom nítida do cumprimento do seu dever.

Apoiados.

A essa saudação, portanto, êste lado da Câmara RO associa comovidamente.

Tenho dito.

O orador não revia.

O Sr. Garcia Loureiro: — Sr. Presidente: pedi a palavra para me associar em nome dêste lado da Câmara, às homenagens prestadas por V. Exa. aos mortos da Grande Guerra.

Delegou em mim o Partido Republicano Nacionalista, o honroso encargo de falar em sou nome. Agradeço-lhe a distinção que se dignou conferir-me e de que dificilmente poderei desempenhar-me, por isso que a minha palavra sem brilho faz com que esta missão seja demasiadamente grande para a minha pessoa.

Sr. Presidente: é com aquela simplicidade com que se descrevem as cousas verdadeiras e os sentimentos reais, que eu vou falar,

É a arte que, nas suas variadas modalidades, perpetua a grandeza moral e intelectual de um povo.

Percorrendo as principais ruas e praças, vilas e cidades, encontramos a cada passo, monumentos como o do Jerónimos, a atestarem o valor do sempre do exército português.

Temos junto de Leiria o magnificou to templo da Batalha que sintetiza em si as brilhantes vitórias alcançadas desde 1383 a 1400, no reinado de D. João I.