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Diário âa Câmara aos Dépuiactôê

\ O que os aviadores estão fazendo é mais do que um serviço> é uma demonstração do quanto desejam contribuir para o engrandecimento da Pátria e da República !

Apoiados.

Além disso, tem de se considerar que êsses oficiais foram com guia de marcha, e, coiigequentemente) seguiram eui serviço oficial, j Ainda mais: êsses oficiais foram Com^passaportes diplomáticos!

^Pode haver missão mais oficial do que êsla? Não há I

O Sr. Tôrres Garcia:—Tanto se entendeu que êles foram em serviço oficial que lhes foi dada promoção por distinção.

Apoiados.

0 Orador: — Eu quero frizar bem, pe-f ante a Câmara, que a aviação militar vê com profundo desgosto que não há da parte de quem preside aos destinos do exércitOj como direi». . o bom senso de procurar engrandecer todos os actos que o exército pratica para dignificação da Pátria e da República.

1 A política que se tem vindo fazendo pelo Ministério da Guerra é o descalabro do exército!

Tudo se tem feito à sombra de se etec* tuarem economias*

Ainda há pouco, com o pretexto de se economizar, se Íé2 uma redução do número de solípedes, prejudicando*se o Estado numa importante .quantia, pois só facilitou aos oficiais de cavalaria a venda dos seus cavalos, o que trouxe prejuízo para o Estado o para o exército.

j O Sr. Ministro da Guerra tenta ainda desorganizar oá serviços da aviação militar!

Não posso alcançar a razão pela qual isso se pretende fazer»

Para eoni o raid ao Brasil bem diferente foi a atitude dos poderes públicos.

Por ocasião dêsse raid o Sr. Ministro da Marinha, sem consultar ninguém, pôs navios à disposição dos aviadores e dinheiro.

Ainda fez mais.

Ordenou que todos os oficiais, sargentos e praças que guarneciam êsses navios recebessem os seus vencimentos em puro.

Agora porém regateia-se a mesquinha Verba de 25$ por dia, em dinheiro desvalorizado.

Ein virtude do que acabo de dizer, mando para a Mesa a seguinte

Moção

A Câmara dos Deputados, reconhecendo que o Govêrno, mas principalmente o Sr. Ministro da Guerra, não tem acompanhado a viagem aérea Lisbo,a-Macau com aquela atenção e carinho que um empreendimento tão glorioso merecia, passa à ordem do dia. — António Maia,

Tenho dito:

O orador não'reviu.

O Sr. Ministro do Interior (Sá Cardoso):'— Sr. Presidente: as minhas primeiras palavras não podem deixar de ser as de que acompanhamos, eu e o Govêrno, com entusiasmo as referências elogiosas que o Sr. António Maia fez ao acto dos aviadores que neste momento se dirigem para o oriento.

Como todos os portugueses, o Govêrno acompanha com interêsse e carinho o raid Lisboa-Macau.

O Sr. António Maia:—Tem-se visto.

O Orador i — Não vê V. Exa. porque tem o propósito de só ver o que quere ver.

O assunto a que S. Exa. se referiu corre pela pasta da Guerra e, portanto, só o Sr. Ministro da Guerra poderá res-'ponder cabalmente*

Quero porém dizer já uma cousa.

O Sr. António Maia criticou o Govêrno porque êste riSo aparecera à partida dos aviadores.

É verdade que o Govêrno não assistiu a essa partida.

Mas também é verdade que eu telefonei ao Sr. comandante da divisão a pre-guutar a hora da partida.

Não tive porém maneira de saber o qtie preguntava.

E foi com desgosto, com profundo des.-gôsto, que eu, não podendo comparecer, deixei de me associar às saudações aos ilustres aviadores, no momento da sua partida.

Porque foi ?

Não sei.