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Diário da Câmara dói Deputado»

céu na partida dos aviadores, em nome do comandante da citada divisão. O Sr. Maia Magalhães esteve presente. Sabia, por consequência, da partida. (Apoiados). Segando, que é estranhável que o Sr. Ministro do Interior, em vez de pregun-tar ao Ministério da Guerra qual a hora da partida, o fôsse preguutar à l.a divisão.

A verdade é que aos aviadores do raia Lisboa-Macau não foi concedida nenhuma das facilidades dispensadas pelo Estado quando se realizou o raid de Lisboa ao Êio de Janeiro.

O Sr. Paulo Cancela de Abreu.: — O

Sr. Ministro da Marinha, Vítor Hugo, mandou então os navios sem consultar ninguém.

O Orador : — O Govêrno não precisava de consultar o Parlamento.

O Sr. Almeida Ribeiro: — O Sr. Ministro da Marinha podia, dentro do orçamento, deslocar navios. O Sr. Ministro

. .

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pesas.

O Orador : — O orçamento do Ministério da Guerra também permite pagar aos oficiais que vão lá fora, e tanto assim é que se pagaram as despesas da equipe de foot-baíl e dos oficiais que íoram a Madrid.

Nenhum dos argumentos colhe.

Apoiados.

Disse o Sr. Ministro do Interior que, não querendo com isso de maneira nenhuma apoucar o raid, elo se havia iniciado sem dinheiro.

Não é verdade. Os aviadores levavam o dinheiro necessário para as étapes até ao Cairo.

As condições atmosféricas impediram

que êles seguissem as étapes previstas,

-;tondo sido obrigados a fazer despesas

para corresponder às gentilezas dos ofi-

ciais de países estrangeiros.

Foi o país inteiro, não o Govêrno, que deu dinheiro para os aviadores continuarem a prova iniciada.

A Direcção da Aeronáutica em poucos dias mandou 4:600 libras, aproximadamente 700 contos, que o povo português pôs a disposição dos aviadores.

O Govêrno, fundamentando-se na compressão das despesas, que ainda não vi traduzidas em factos (Apoiados), aines-quinhou mais uma vez a aviação militar.

Não apoiados.

O Sr. Ministro do Interior invocou o meu testemunho para pôr em relevo as qualidades morais e militares do Sr. Américo Olavo.

Creio que não proferi uma única palavra que pudesse ferir a honra e brio militar do Sr. Américo Olavo, que é, como todos sabemos, um soldado valente.

Não destruiu, porém, o Sr. Ministro do Interior nenhum dos argumentos que apresentei.

Mas, já que V. Exa. falou no valor militar do Sr. Ministro da Guerra, permita--me que lhe diga que é deveras lamentável que S. Exa. esteja concorrendo, e muito, para o desequilíbrio ainda maior do exército português, porque S. Exa. procura fazer economias prejudicando a instrução militar. /

Emquanto outros países fazem todo o possível por dar instrução ao exército, o jLúJDisiro dá vjii6iTã úõ L ortiigâi está cerceando todos es meios do seu desenvolvimento.

O que se quere é mostrar ao público que se fazem economias,

A minha moção tem toda a razão do ser, visto o Govêrno, principalmente o Sr. Ministro da Guerra, recusar o seu apoio aos aviadores. •

O orador não reviu.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro das Finanças (Álvaro de Castro): — Ouvi o Sr. António Maia, e não 'posso deixar de falar em resposta a S. Exa.

A Aviação Militar mereceu-me sempre a maior consideração, e tanto assim que a galardoei com uma condecoração de todo o ponto justa.

O Govêrno, pessoalmente e como Govêrno, associou-se ao brioso empreendi-• mento dos aviadores.

Apoiado».

Uma voz : —Pessoalmente i deu apoio, mas só pessoalmente.

O Orador: — O Gtovêrno nada podia fazer, sem autorização do Parlamento. ' Apoiados.