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4 Diário da Câmara dos Deputados

zando o Govêrno a fornecer o bronze para o monumento ao Marquês de Pombal, a pedra para os grupos laterais e ordenar a respectiva fundição.

Para a comissão de administração pública.

Da proposta de lei dos Srs. Ministros das Finanças e Interior, abrindo um crédito especial de 27.500$ para reforço das dotações do capítulo 2.°, artigo 7.°, do orçamento do Ministério do Interior, de 1923-1924 sob a rubrica «Material e despesas diversas do gabinete do Ministro e Secretaria Geral».

Para a comissão de administração pública.

Do projecto de lei do Sr. João Camoesas, dando nova redacção ao artigo 11.° da lei de 31 de Agosto de 1915.

Pára a comissão de guerra.

O Sr. Presidente: — Vai entrar-se no período de antes da ordem do dia.

Antes da ordem do dia

O Sr. Velhinho Correia: — Sr. Presidente: pedi a palavra para explicar à Câmara um pequeno incidente que se deu na última sessão.

Tinha mandado para a Mesa uma moção quando acabei de falar.

Não é meu hábito não dar número às sessões, mas nesse momento fui informado pela pessoa mais 'competente de que factos graves de alteração da ordem pública se estavam já produzindo.

Não dei número por êsse motivo.

Era esta a explicação que devia dar à Câmara, porque não está nos meus hábitos contribuir para faltas de número.

Foi pelo motivo que apontei que entendi não dever prosseguir nas minhas considerações.

Tenho dito.

O orador, não reviu.

O Sr. Tavares de Carvalho: — Sr. Presidente: não consigo que o Sr. Ministro da Agricultura esteja à hora regimental a assistir à sessão, para insistir novamente com S. Exa., a fim de só procurar modificar êste estado de cousas.

Já me têm dito algumas pessoas que é melhor calar-me, porque a carestia da vida aumenta constantemente.

Quere isto dizer que as medidas de S. Exa. não produzem o efeito que era para desejar e que o que eu tenho estado a solicitar e a pedir, com tanta tenacidade, no anseio de modificar êste estado de cousas, tem sido inútil, tem sido pregar no deserto.

Mas não desanimo.

Alguma cousa de útil surgirá com a minha insistência.

Como está presente o Sr. Ministro das Colónias, aproveito a ocasião para tratar novamente da situação das nossas colónias, assunto em que insistirei até o ver resolvido.

Na Associação Comercial do Pôrto tomei o compromisso de que se resolveria dentro de um mês a situação do comércio exportador de Angola, na questão das transferências das nossas colónias ultramarinas para a metrópole.

Êsse compromisso foi por mim tomado, porque o Sr. Presidente do Ministério, Ministro das Colónias e o Sr. Alto Comissário Norton de Matos, me garantiram que durante todo o mós de Abril do ano corrente essa questão era resolvida.

Sr. Presidente: é preciso que o Sr. Presidente do Ministério e o Sr. Ministro das Colónias saibam que tenho apenas uma riqueza, de que se preza todo o homem sério: é ser honrado.

Vão já passados os meses de Abril e Maio e está quási em meio o mês de Junho, e esta questão não foi ainda resolvida por S. Exas, o que é grave, e eu não consentirei que esta situação continue sem protestar energicamente.

O Sr. Ministro das Colónias disse aqui, há poucos dias, que ia estudar o assunto; mas, até agora, ainda nenhuma providência foi tomada, apesar de terem decorrido já oito dias.

O meu nome Sr. Ministro das Colónias, e as minhas aspirações são modestas; mas não o quero ver enxovalhado, porque posso, como V. Exa. o poderá fazer, deixar de cumprir o que prometi.

Pelo menos hei-de dizer quem são os responsáveis desta situação.

Torna-se necessário que V. Exa. traga à Câmara, com a máxima urgência, quaisquer medidas que solucionem êste problema.