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4 Diário da Câmara dos Deputados.

Do Senado, enviando as seguintes propostas de lei:

Criando ama escola de artes e ofícios em Estremoz.

Para a comissão de instrução especial e técnica.

Regulando a fiscalização técnica dos serviços farmacêuticos do exército.

Para a comissão de guerra.

Do Ministério das Finanças, remetendo cópias da declaração ministerial de 16 de Julho último, para os efeitos do disposto no § único do artigo 60.° do regimento do Conselho Superior de Finanças.

Para a comissão de finanças.

Do Ministério da Marinha, pedindo para se incluir no Orçamento para 1924-1925 verba para se pagar o aluguer da doca de Belém ocupada pela Estação de Submersíveis, desde 1916 até agora.

Idem, pedindo para se incluir no Orçamento para 1924-1925 a verba de 50 contos para o Ministério poder concorrer para a construção do monumento aos Mortos da Grande Guerra.

Para a comissão do Orçamento.

Telegramas

Da Misericórdia do Fundão, protestando contra a forma como a Câmara resolveu a crise das Misericórdias.

Da Associação Comercial e Industrial de Sines, aprovando a representação da sua congéneres de Santarém.

Para a Secretaria.

Antes da ordem do dia

O Sr. Tavares de Carvalho: — Sr. Presidente: peço a V. Exa. a fineza de me dizer e à Câmara se está sôbre a Mesa o requerimento que fiz para ser discutido antes da ordem do dia o parecer n.° 124.

O Sr. Presidente: — Está sôbre a Mesa para ser votado quando houver número.

O Orador: — Então peço a V. Exa. a, fineza de o submeter à votação logo que haja oportunidade.

Como não está presente o Sr. Ministro do Interior, peço ao Sr. Ministro da Guerra para transmitir ao Sr. Presidente do Ministério as minhas considerações relativamente ao jôgo.

De todos os pontos do País me chegam brados de muitos pais e de muitas pessoas prejudicadas pelo jôgo.

É preciso que o Sr. Presidente do Ministério e Ministro do Interior se convença da necessidade que há de mandar fechar todas as casas de jôgo, duma vez para sempre.

Os brados e os protestos que me são enviados de toda a parte do País, entre outros os de Espinho e da Póvoa de Varzim, embora alguns sejam anónimos, e êstes não os considero, são todos de pobres pais que vêem os seus filhos presos e naturalmente condenados por terem feito desfalques.

Outros são de mães inconsoláveis, de esposas inditosas, de comerciantes e industriais, que choram seus filhos e seus esposos e se queixam dos seus infiéis empregados, todos perdidos para a sociedade por causa do jôgo, dêsse vício que conduz a toda a classe de crimes.

É preciso que S. Exa. exija o cumprimento da lei, como prometeu, visto o jôgo não estar nem poder ser regulamentado.

Eu sei que se joga em toda a parte. No norte do País, como no centro e no sul, em todas as terras se joga, e na linha de Cascais joga-se em todas as povoações que ela serve.

Todos me afirmam que se joga em Cascais, no Estoril, na Parede, em Santo Amaro de Oeiras, em Paço de Arcos, em Algés, etc.

Vozes: — É verdade. Joga-se em toda a parte do País.

O Orador: — Joga-se com a complacência das autoridades policiais e administrativas que recebem dinheiro das casas de jôgo.

Eu não faço denúncias porque não quero, até que um dia me resolva a fazê-lo. Só assim cumprirei o meu dever de representante do povo, velando pela sua honra e pela moralidade dos seus costumes.

As autoridades são para manter a or-