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Sessão de 12 de Junho de 1925 5

Passei por sítios onde as estradas não existem já, restando apenas vestígios do seu antigo traçado, coberto de areia movediça e de enormes precipícios.

Também não encontrei um único chefe de conservação nem um cantoneiro sequer.

Certamente êste pessoal, só existe, é apenas nas folhas de vencimentos.

Mas nem de tudo se devo dizer mal.

Encontrei lá um Sr. engenheiro, com quem troquei impressões, que está disposto a trabalhar, o a fazer trabalhar os seus subordinados, na reparação, das estradas. E o engenheiro Sr. Moura. E preciso aproveitar a sua boa vontade, emquanto está novo e V. Exa. deve determinar que lhe sejam facultados os fundos precisos, para poder mandar reparar as estradas da sua circunscrição.

Acompanhava-o um outro engenheiro, também rapaz novo, e, como aquele, disposto a concorrer para se resolver êste problema.

Iam ver a qualidade da pedra das pedreiras da região e escolher a que se pudesse aproveitar, da construção do caminho de ferro da Funcheira até Sines.

Portanto, veja V. Exa. que, com alguns engenheiros assim, seria relativamente fácil conseguir que as reparações das estradas do País, com os recursos regionais, fossem executadas ràpidamente.

Há, um outro assunto que é necessário resolver com urgência, e que muito beneficia as povoações dos concelhos de Sines e S. Tiago, e até mesmo as do de Grândola.

Refiro-me à inauguração do caminho de ferro da Funcheira até S. Bartolomeu.

Para êste efeito, todas as obras estão concluídas.

Falta, apenas colocar o pessoal, nas estações e distribuir-lhe o material circulante.

Nestas condições, eu peço ao Sr. Ministro do Comércio para tomar as providências necessárias, para que aquele troço de caminho de ferro seja brevemente aberto para exploração, podendo S. Exa. estar certo de que os habitantes daqueles concelhos lho ficarão gratíssimos se lhes proporcionar êste melhoramento.

Aproveitando estar no uso da palavra, requeiro para serem discutidos os pareceres n.ºs 241, 239, 860 e 896, sem prejuízo dos outros pareceres já inscritos no período antes da ordem do dia, mas com prejuízo dos oradores que se inscreverem.

Tenho dito.

O Sr. Ministro do Comércio e Comunicações (Ferreira de Simas): - Em resposta às considerações do Sr. Tavares de Carvalho, devo dizer a S. Exa. que, com respeito à redução das tarifas dos caminhos de ferro e correios e telégrafos, a administração dos caminhos de ferro está estudando o assunto e a Companhia Portuguesa já alguma cousa fez.

É claro que os serviços autónomos não podem dispensar as suas receitas.

O Sr. Nuno Simões (interrompendo): - Nem mesmo quando reduzirem as suas despesas?

O Orador: - Os Caminhos de Ferro do Estado estão procurando reduzir a sua antiga dívida, mas também já fizeram algumas reduções de tarifas.

Tenho dúvidas, sôbre se a redução de tarifas fará com que os preços dos géneros baixem.

O mesmo sucede com os correios e telégrafos, que, como serviço autónomo, têm largas despesas a satisfazer.

O Sr. Nuno Simões (interrompendo): - As tarifas internacionais dos correios baixaram e por isso é lógico que se reduzam as tarifas postais. Havendo baixado o câmbio, é justo que haja baixa nas tarifas da correspondência postal.

O Orador: - O argumento para se não diminuírem as tarifas está nas largas despesas.

Com respeito a estradas, devo confessar que usei da autorização parlamentar porque a ordem pública perigava, devido à crise de trabalho, que já é extensa e não sabemos o que sucederá.

A distribuição das verbas para reparação de estradas é a seguinte:

Leu.

As verbas foram distribuídas segundo o plano delineado há muito pela Administração Geral das Estradas.

As chamadas estradas de serviço foram contempladas com as seguintes verbas:

Leu.