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í)iáno das Sessões do Congresso

um português, Sr. Presidente, que está sempre pronto, quanto lhe permitem as suas faculdades, a defender os bons princípios, aqueles princípios cm que se educou e de qne nunca abdicou.

Sr. Presidente : termino as minhas considerações, reservando-me porventura o direito, se a benevolência do Congresso mo permitir, de usar novamente da palavra depois de ouvir o Sr. Presidente do Ministério a ver se mo convencem os seus argumentos.

Fico esperando, pois, que o Sr. Vitorino Guimarães consiga levar ao bom caminho este transviado.

O orador nuo reviu. •

O Sr. Cunha Leal: — Sr. Presidente: preso às ordens dos meus inimigos pessoais, alguns dos quais com certeza não desejavam que liquidasse coutas com eles, contas qne não sfto minhas porque são do Estado, e logo que a ordem de soltura deste preso perigoso, que a fantasia de todos os Vitorinos inventou, foi dada, segai imediatamente pelo caminho mais curto e pelo meio de locomoção mais rápido para vir tomar parte no debate que se estava produzindo neste Congresso.

Talvez eu vá iludir a expectativa Je alguns ; talvez aqueles que me esperavam excessivamente violento perante as manifestações de simpatia de amigos meus tam queridos, do meu querido irmão por espirito, por afinidade espiritual, que é o Sr. Vitorino Guimarães, talvez tenham nma desilusão.

Há contas largas a ajustar desde o momento que se transformou o caminho, que devia ser largo, da política numa encruzilhada onde nos espeiam as facadas de todos os sicários, de todos aqueles que, para esmagarem um adsersário, julgíim que a melhor forma é prendê-los—como se enjaulassem o próprio pensamento !

Miseráveis homens que não pensam que haja outra jbrma de serem grandes senão decepando aquelas cabeças que, porventura, em momentos nobres, em determinadas ocasiõ'es, interpretando o sentir da Pátria, voam mais alto, e^tão mais altas do que as suas próprias cabeças.

Os próprios portugueses, examinando certos acontecimentos passados nos últimos dias, hiío-do ter hesitado entre a

gargalhada, o desprezo (Apoiados) o a cólera.

Muitos apoiados.

Essas contas ficam para depois.

Os homens que assumem funções tam altas querem meter na cadeia os adversários e depois fazem todos os esforços para lá os conservar.

Tocarei nalguns pontos no de leve, mas agora nSo, porque cansaria o Parlamento o os mesmos Vitorinos podiam mandar-me prender a seguir.

Paciência, serenidade, Cunha Leal, as tnas contas sabê-las hás ajustar.

Agora, vamos falar no adiamento que é proposto h ôste Congresso.

Vozes: — Muito bom.

O Orador: — ?t Porque se pede ôste adiamento?

Pois quê? Um Governo jugula uma revolução.

Os revolucionários segundo uma expressão de um dos membros desta casa, são ladrões e assassinos. São escorraçados pela consciência pública, e contudo ôste Governo tem medo de todos: Continua a prender os seus adversários.

f. Que remorsos se escondem atrás da sua vitória?

Pois quê? ,; Não julga o Governo que está fazendo a felicidade da Nação?

ó Não pretendeu acaso dar ao Parlamento a prova indiscutível de que os seus actos são de salvação nacional e que não pretendeu desencadear a desordem aproveitando-se de certas figuras sinistras arrancadas às paginas mais imundas da revolução francesa?

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Porque tremo?

£ Porque quere amordaçar a única tribuna que ainda estava franca, o Parlamento?

Porque tem medo do julgamento.

(>Mas o que se produziu nesta CArnara que desse motivo a êbte pedido de adiamento?