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Sessão de 28 de Abril de 1925

Estamos certos de que os acontecimentos virão mostrar que o Governo tinha mais vantagem de usar as autorizações que lho foram concedidas, com o Parlamento a funcionar, pois é sempre útil a intervenção do Parlamento.

Com o Parlamento encerrado fica o Govôrno privado da nossa colaboração nas medidas que entenda dever tomar.

Muito desejamos quo, passado o período do adiamento, o Governo nílo tenha de reconhecer connosco que bom mal fez em o querer.

Dadas as circunstancias do actual momento em que o Governo venceu o movimento re\olucionáno pelas fóYças militares às suas ordens, há que praticar um certo número de actos com toda a rapidez, mas não deixarei de dizer que essa rapidez mio exclui que esses actos sejam regrados inteiramente pela justiça o principalmente por urna alta elevação moral.

Esperamos qua o Go\êrno cumpra o seu dever de Governo republicano.

Sr. Presidente: não queira atribuir-se a vitória, que é da República, a algném que ndo represento integralmente a República. A República precisa de dominar por um espírito de verdadeira justiça republicana.

Apoiados.

Sei que no anime do Governo existe bem viva a idea de f.izcr essa justiça republicana. Faça essa justiça e terá o nosso aplauso.

Não dê à vitória um significado que ela não tem. Interprete a vitória que há dias realizou a República, om favor de todos os republicanos.

Mas a República deve interpretar essa vitória a favor de todos os republicanos, interprete essa vitória a favor de todos os portugueses. Tenha a coragem e decisão de congraçar todas as actividades em proveito duma vitória quo ó do nós todos, que é. essencialmente, da República.

Apoiado?.

Vozes: — Muito bem. O orador nào reviu.

O Sr. Querubim Guimarães: —Sr. Presidente: espera\a ouvir da parte daquele lado da Câmara e do Governo, sobretudo, argumentos fortes que de qualquer

modo justificassem a proposta que vim trazer ao Congresso. Apoiados.

Já falou um dos signatários da proposta o Sr. António Maria da Silva quo tem categoria o situação dentro da República muito especiais, para com as suas palavras conseguir englobar todas as ra-?0es que no momento se impõe a todos os espíritos para encarar o problema da ordem, grave gravíssimo om Portugal.

S. Ex.a, que, repito, tem uma categoria o situação muito especiais dentro da República e nesta casa do Parlamento, não encontrou argumentos que fossem capazes de convencer o Congresso da necessidade urgento do fazer aprovar a proposta em discussão. Apoiados.

Sr. Presidente: ao Sr. Álvaro de Castro, ilustre Congressista, também com uma situação especial dentro da República, com uma alta categoria neste regime, acabamos do ouvir dizer quo era com constrangimento que dava o seu voto à proposta. E um sofisma que usa sempre com muita diplomacia e habilidade em todas as situações difíceis da República, mas quo u.ío deixa de ser sofisma.

Se S. Ex.a quisesse ser franco diria com sinceridade que n3o há necessidade nenhuma de se esfrangalhar a Constituição o êssos princípios quo os Srs. defenderam da democracia, o que, todos constatamos, não ter permitido, há dez anos para cá, haja, progresso em Portugal. O próprio Sr. Álvaro de Castro reconhece isto, o quo o levou a dizer que é com manifesto constrangimento que dá o seu voto a proposta. Apoiados.

A hora que Portugal atravessa ó tam grave quo se n3o presta a habilidades políticas de quem quer que seja. Apoiados.