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Sessão de 28 de Abril de 1925

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das quais o Govôrao pretende exercer íi sucapa vingauças sobro alguns indivíduos.

Não apoiados da esquerda.

Apoiados da direita.

Mas, fora disto, uma questão aqui se lo\antou: a da prisão dos Deputados Garcia Loureiro e Cunha Leal.

Deixem-me falar no caso Garcia Loureiro.

O que entre mim e ele se passou foi o seguinte:

Telefonaram-me a certas horas, pre-guutando-me se sabia de uma revolução.

Respondi-lhe que sim, e de novo me preguntou se havia inconveniente de ele, que era meu vizinho, em ir a minha casa.

Respoudi-lhe que não.

Batia íi minha porta, e foi preso pelo crime de ter batido h, minha poita.

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Tonho a agradecer à Câmara dos Deputados a sua defesa das iniunidades parlamentares, não deixando que só abrisse o" piecedento de ser amanhã por razões do Estado, como as invocadas para a minha prisão, detidos um Deputado, a sua família o os seus amigos.

Agradeço a todos, e a Câmara dos Deputados, quando mostiouao Governo claramente que não queria associar-se à sua vingança, deu um alto e nobre exemplo.

Agradeço-lhes, a todos, e em especial ao Sr. Domingos Pereira, a quem não me arrependo de ter dado o meu voto para Presidente desta Câmara.

Mas, então, foi porque a Câmara não quis associar-se à vingança do Governo que fisto quere fechar o Parlamento?

Já não é o caso de um irmão que nunca entrou num movimento revolucináno, (Apoiados), já não são estes casos pessoais que eu defendo; eu defendo a liberdade do todos os cidadãos, (Apoiados), defendo-a contia os ódios, contra a perseguição, contra a vindicta dos homens do Governo.

Apoiados.

Mas o que se quererá?!

Os homens da esquerda silo sinistros iia sua maneira de actuar.

Contarei apenas um pequeno episódio: Espalhou-se por este país que o coman-

dante Sr. Raul Esteves era um homem perigoso pelas suas ideas monárquicas.

Não houve chefe da política, com excepção dos políticos nacionalistas, quo não lhe fôssom bater à porta para fazer uma revolução.

Apoiados.

Um dia bateu-lhe à porta o Sr. Quirino de Josus.

Isto foi-me afirmado pelo Sr. Raul Es-te\es, diante do 10 ou 12 testemunhas.

O Sr. Quirino de Jesus, dizendo se representante do Governo do Sr. Josó Do-mingues dos Santos, pediu ao Sr. comandante Raul Esteves para fazer uma revolução a favor do Governo.

O Sr. José Oomingues dos Santos: — Não apoiado! Poço a palavra. líisos da esquerda.

O Orador: — Há pessoas que riem com muita lacilidade, mas às vezes riem com riso amarelo.

Poi mais que os senhores queiram de-minuir a figura moral do Sr. Raul Esteves, quando eu disser que o comandante Raul Esteves me declarou, diante de de/ testemunhas, que podia fazer esta declaração, nSLo há ninguém que não acredite nas palavras desse oficial.

Mas dizia o Sr. Quirino de Josus: o Governo quere entrar numa vida nova, querfl varrer os maus políticos o se, porventura, não encontrar no exército aquele apoio de que carece, então o Governo lançar-se há nos braços do bolchevismo.

O Sr. Quirino de Jesus procurou mais uma vez em sua casa o Sr. comandante Raul Esteves, tendo o Sr. Raul Estò\os repelido as suas proposta^.

Mais tarde procurou-o no quartel.

Ninguém ignora que o Sr. Quirino do Jesus foi mentor espiritual dessa tuna e sinistra figuia do Sr. José Domingues dos Santos.

O Sr. José Domingues dos Santos: — Não apoiado! ;Eu nem sequer conheço o Sr. Quirino de Jesus!