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''Sessão de 28 de Abril de 1925

'tem que se queixar em falta de cooperação, eui falta de apoio, é precisamente dos seus correligionários que aparentemente lhe tem dado o seu voto. A amizade da maioria deu ao Governo apertado abraço, dos tais que matam. ..

Sr. Presidente: discutiu-so aqui ainda não há muito tempo uma proposta de lei importante; foi a proposta sobro os fósforos, o devo dizer que, se não fosse a colaboração que o Governo tecebeu não só da minoria monárquico, como de alguns ilustres Deputados independente-:., entro os quais se distinguiu o Sr. Nuno Simões (Muitos apoiados das bancadas •nacionalistas), não sei como essa proposta, que tantas modificações sofreu, desde a soa estrutura ato à sua gramática, teria saído das mãos do Parlamento.

Se o Gorêrno, que doa esta pro\a de incompetência, deseja agora ficar sozinho paia promulgar decretos com força de lei —não sabemos se em ditadura—providências para o progresso o o fomento do País, o Governo que faça mais esta experiência, o País que aprecie mais uma vez as altas pio\as de compcfèucia e do patriotismo do Partido Democrático.

Sr. Presidente: o Partido Nacionalista não pode dar o seu voto ao adiamento, mas se ele for votado como parece estar no animo da maioria desta Câmara, o Partido Nacionalista veria coui muito benévola espectativa essas boas c salutaies medidas, que o Governo devia efectivar, só nele pudesse depositar alguma confiança.

Mas não deixará de ver sempre com-muita apreensão aquelas medidas que ele anuncia desejar tomar em nónio da salvação da República —cousa sempre muito fácd de evocar mas muito difícil de efectivar em termos correctos o eficazes.

Ilá-do o Governo servir-se desta espécie de ditadura em que vai ficar, li\re da fiscalização do Parlamento, para exercer perseguições, para dar mostras daquele espirito do sectarismo que já se verificou no caso das prisões dos Srs. Cunha Leal o Garcia Loureiro.

Muitos apoiados do* nacionalistas.

É parti isso quo o Partido Democrático e o seu Go\Giuo querem o adiamento dos trabalhos parlamentares.

Mas não o terão sem o nosso protesto, quo formulamos aqui, e formularemos de-

pois em toda a parte onde a nossa voz chegar; [o entre todos e sobre todos o Pais julgará !

Vozes: — Muito bem, muito bem.

O Sr. D. Tomás de Vilhena:—Sr. Presidente : de verdade, pareco-me uma idea um pouco peregrina esta proposta de adiamento do Congresso nas alturas em que nos encontramos.

Eu compreendia que no meio da refrega, quando na cidade se estavam trocando tiros de artilharia e a iuzilaria rompia por todos os lados, quando era difícil passar nas ruas. ou compreendia que não seria possível funcionar um Parlamento e então beria aconselhável a sua suspensão de trabalhos, que automaticamente se faria

Agora, a 10 dias de distância do mo\ i-mento, quando as ruas estão livres e bem lures, quando iiós sentimos um ambiente de desafogo, nesta ocasião ó que o Governo qneie um adiamento, quando tem diante de si com uma grande urgência um certo número do vis o miseráveis questiúnculas políticas que estão dividindo os partidos da República que não fazem senão desprestigiar o Pais e comprometer o próprio regime.

Não há nada, absolutamente nada, que explique isso, Sr. Piesideute.

O Governo tirou às Câmaras, não sem o nosso protesto mais veemente, medidas verdadeiramente disciicionárias, para poder defender a República, e a ordem.

Ato agora eu não vejo que Gle ainda tivesse feito *uso dessas autorizações. ^Para que é então a suspensão pai lamentar? ,J.E para agora, quando nós não tivermos voz aqui, se poderem fazer não sei que actos?

Com certeza o Governo está convencido do que não tom a opinião do pai1;, porque se poneutura ele estivesse convencido de que essas medidas calavam no ânimo de toda a gente não havia nada melhor do que \ir aqui ao Parlamento vigonzá-las com o apoio de todos nós que numa crise gra\c poríamos do parte partidansmos o seríamos os primeiros a d.ir força ao Governo.