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Diário das Sessões do Congresso

Leudp cuidadosamente o que tem dito essa imprensa, vendo as reclamações por ela apresentadas em nome da defesa da República, dessa República com que tanta vez só tem iludido muito ingénuo e muito bem intencionado, chega-so à conclusão de que o íjue se pretendo ele\ai mais longo a anaiquia dos serviçob público?, fazer poiseguições.

Não ó novo úste processo, nilo ó nova esta especulação de se dizer que, em nome d.i defesa da Republica, se qucie fazer determinada ditadura icvohicionána.

E tanto não é novo, que nó5 sabemos as consequências da ditadura de 1919, o que lesultaram para o pais, tanto no ponto do \ista financeiro, como ainda no ponto do vista da ordem, o ato no que diz respeito ao funcionamento das Secretarias do Estado.

d. Como seria possível supoi se que o funcionalismo público, levado às vezos por elementos mais irrequietos, teiia, embora com justiça nas suas reclamações, tomado determinadas atitudes, se o Go-\0rno do então não estivesse dominado pelos ovtrcmistas, como bojo está o actual Govóino, o não tivesse dado preie-rOncia para colocações nas secietárias do Estado não àquelas pessoas competentes, organizadoras o discipliundoras, mas aos "elementos representantes dos extremistas9

Essa ti emenda defesa da República, numa confusão •verdadeiramente criminosa, le\ou-se até ao ponto de meter dentto da organizarão do Estado elementos quo são contrários à actual organização social.

Não conheço para a vida do país nada mais perigoso do que a ditadura revolucionária que o actual Govvino vai fazer impulsionado pelos elementos extiemistas.

Sr. Presidente: está bem clara, é bem patente, a tática adoptada por Gsses elementos — e adoptada inteligentemente, deve dizer-so — para irem arrancando das suas posiçOos dentro do Estado os quf defendem a actual organização social para as entregar a todos O^ses elementos extremistas a fim de que na hora própria melhor possam dar o golpe decisno na actual organização da sociedade.

O que só pretende fazer ó um crime — o um crime dos mais imperdoáieis.

Oxalá que os Srs. Congressistas olhando para as losponsabilidados do seu passado político não queiram reincidir na

mesma orientação, cujos resultados tam funestos têm sido para o pais.

A aprovação da pi oposta apresentada pelo Sr. Catanho de Meneses, que é do Governo, representa, Sr. Presidente, levar o pais para a Deira do precipício, de que, ponentura não poderá ?air a salvo.

Ainda hoje lendo o jornal que traduz a opinião dum dos elementos do maior destaque do Partido Democrático —o Sr. José Domiugucs dos Santos— eu \i que Gsse órgão extremista insistindo na campanha que tem vindo fazendo para o cn-ceiramento dos haballios parlamentaios, aponta ao Govéino as medidas ou parto das medidas que o Go\êrno deve tomar. E o Govéino, Sr. Piesidente, obedececo-gamente às influencias dessa facção,ex-tiemista. |

Quero dizer, essa facção extremista nuor que o GOA orno em ditadura, scrvmao-so desta autorização, que é dadaú nicauieuto para a-manutenção da oídem, vá legisla-sõbie os mais gra\cs problemas da administração, que o Governo vá com aquela incompetência que todos nós lhe reconhecemos regular preços o praticar erntim todos aqueles actos quo são atentatórios da economia pública e que A ao, finalmente, recair Eôbre o pobie consumidor, pomo só veiicou com a sua atitude na questão dos lósforos. /

Não o", Sr. Presidente, procurahdo agradar ou aunando à fácil popularidade que os assuntos de ordem cconómjca podem ser resohidos.

O Governo a legislar nesta Aatóría sob o impulso do elementos extie/nistas é nm perigo nacional.

Um Go\êrno nestas condições só pode agravar o mal estar da população deste país.

Em vez do ir atender à jíjuestão da ordem pública, só vai provoqar a desordem, aumentando as dificuldades da •v. ida dá população portuguesa.

O povo, Sr. Presidente/ não se alimenta com as promessas que Ipo fazem no sentido exclusivo do armar à popnlaiidade; alimenta-se sim e única-ínentc com os salutares medidas adoptz/das a dentro de um critério conservador. /