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Diário das Sessões ao Congresso

Qucre dizer: o Sr. Vitorino Godinho, o mesmo que colocou o Sr. Vitoriuo Guimarães e o seu Governo naquela situação verdadeiramente humilhante em que o vimos nesta Camará, o Sr. Vitorino Godi-nbo que pedindo a palav rã, quando não podia usar dela a obteve o fez afirmações em oposição à verdade, o Sr. Vitorino Godinho que nem mais um minuto se devia sentar naquelas cadeiras depois de nos vir dizer que era o Sr. general da divisílo que ficava magoado com a atitude do Parlamento — estando a manutenção da ordem pública entregue ao Sr. comandante da divisão— é quem, à oídem dos extremistas, proíbo que circulem jornais que defendem os princípios basilares da sociedade, para só deixar circular aqueles que atentam contra esses mesmos princípios !

Apoiados.

Sr. Presidente, da mesma maneira como principiei, isto ó, com os mesmos propósitos de que se não estabeleçam mais ódios na sociedade portuguesa, desejo que o-Sr. Presidente do Ministério faça o favor de me dizer —e com certeza S. Ex.a não levará tam longe o sou desprêso por este suplício, porque foi assim que o democrata Vitorino Guimarães chamou há pouco ao Parlamento, e de facto é sempre um suplício para aqueles que vêm aqui na situação de réus responder perante os seus julgadores (Apoiados), que não me queira responder— de me dizer se é verdade uma afirmação do Sr. José Domingues dos Santos, contida numa entrevista publicada num jornal de Lisboa, em que se dizia que o julgamento dos oficiais revoltosos se faria sumariamente, portanto contra as disposições das leis vi-

Pregunto a S. Ex.a, ao homem que se diz defensor da Constituição, que ainda há pouco com trémulos na voz (jS. Ex.a às vezes tem trémulos na voz l) defendia dali a Constituição, se supõe que o n.° 21.° do artigo 3.° da Constituição está suspenso. Nilo é isso o que diz o artigo 1.° da lei aqui votada.

S. Ex.a decerto não quere ir assumir uma responsabilidade tremenda. S. Ex.a, que ainda há pouco invocou a sua qualidade de oficial do exército, não pode permitir que a oficiais do exército seja aplicado um regime absolutamente contrcário

à Constituição, ao mesmo tempo que para aqueles que têm cometido atentados pessoais S. Ex.a ainda não teve a coragem de vir a esta Câmara pedir qualquer providência de excepção.

Apoiados.

V. Ex ^ para com os seus camaradas do exército assume uma responsabilidade tremenda, se considerar que camaradas seus do exército, cheios do serviços ao país, devem ser colocados eui condições de inferioridade ante os membro» da Legião Vermelha.

Sr. Presidente: de modo nenhum eu quero trazer notas irritantes ao debate, mas como não me é lícito usar novamente da palavra, eu quero ler à Câmara p resto de uma carta do Sr. -Quirino de Jesus lida hoje nesta casa do Parlamento pelo Sr. José Domingues dos Santos, por me parecer que S. Ex.a não a leu toda.

Disseram ao Sr. Cunha Leal que o Sr. Quirino de Jesus, quando estavam no Poder os Srs. José Domingues dos Santos e Pestana Júnior, tinha procurado o Sr. tenente-coronel Eaúl Esteves para lhe pedir a sua colaboração para um movimento de defesa do Govôrno.

O Sr. José Domingues dos Santos, disse hoje que não havia nada.

Pois bem.

Teuho presente uma entrevista que o Sr. Quirino de Jesus deu ao jornal Diário de Lisboa.

Sr. Presidente: é certo que o Sr. Quirino de Jesus procuiou o Sr. Raul Esteves, sem que os Si s. José Domingues dos Santos e Pestana Júnior soubessem, e falou-lhe no apoio do exercito à obra do GovOrno.

Está portanto confessado e confirmado pelo Sr. Quirino de Jesus o que o Sr. Cunha Leal outem disse aqui.

Simplesmente o Sr. Quirino do Jesus na sua carta não acrescenta se sim ou não o Govôrno sabia.

V. Ex.JS, que hoje aqui tom falado tanto em traidoies, esqueceram-se de chamar traidor ao Sr. Quirino de Jesus.