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gestão dê 29 de Abril de 1925

Diz-me a minha consciência, a minha sinceridade e a miuha qualidade de republicano que talvez tenha sido contempo-rizador.

Apoiados.

Por todos 03 modos tenho procurado não exercer violências, nom aumentar o mal-estar e a inquietação no espírito público.

Se o Governo nuo tivesse esse cuidado constante, através de tudo e com todos os sacrifícios, eu pregunto ao Congresso se a paz e a ordem reinariam a esta hora nas ruas de Lisboa. •

O Governo, terminada o último tiro das forças que estiveram em luta, sem um enxovalho para qualquer preso, embora fôssenios alcunhados de sicários e de assassinos, é, no emtauto, tido como capaz de fazer ditadura, como se, se a quisesse fazer, não pudesse aproyeitar o prestígio que lhe veio da revolução "vencida.

É preciso, Sr. Presidente, desprestigiar o Governo; ó esse o fim que se tem em vista- (Apoiados da maioria^ mas é isso o que eu não consentirei.

Quando a Câmara o iião acompanhar, o Governo sabe'bem o caminho que tem a seguir.

Por. maior que seja o espirito de sacrifício, ele -não pode ir até ao ponto em que homens de honra e de bem sejam enxovalhados, tendo dado á Republica e ao País provas da sua lealdade e dedicação. . - '' •

Sairão daqui quando for preciso* quando lho indicarem o as necessidades da Nação o exigirem.

Mas balrão de cabeça bem erguida, de cabeça bem levantada e não sairfto esfar-rapadosj e pssa será a situação,' a continuarmos neste espectáculo. •*. ' Apoiados da maioi ia.

Era isto o que tinha1 a dizer e pôr po-rante -a Câmara.

Não quero, pois, ehtrar em mais deta-Ihesj _ - •.

,) A Câmara tem confiança no Governo?

Dê-lhe o adiamento e poça-lhe depois todas as contas.

No momento em que o Governo lhe diz que para manter a ordem pública precisa de determinadas medidas, é porque assim é, e ou lhas vota ou não. -.. •

É assim que o Governo põe o problema. O Congresso decidirá.

Tenho dito.

O oi'ctdor foi muito cumprimentado.

O discurso será publicado na integra, revisto pelo orador, quando, nestes termos, restituir as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.'

O Sr. Paulo Cancela de Abreu: — Vê-se que a maioria tem confiança no Governo, mas o Governo é que a não tem na maioria.

O orador não reviu.

Vozes : — Não apoiado ! Não apoiado l

O Sr. Carvalho da Silva: —Sn Presidente: cumprindo as prescrições regimentais, tíomeço por mandar para a Mesa a minha moção de ordem.

Sr. Presidente: devo prancipàr por explicar a V. Ex.* e à Câmara que esto lado da' Câmara não altera em nada a atitude que até agora tem mantido.

Entendemos nóá que é mauj péssimo,-lançar notas irritantes, de òdioj que possam dividir e perturbar a paz, numa hora tam grave da nacionalidade. Entendemos que é tempo de sair de tal caminho, de se sair do caminho em que se não reconhecem a'cada um os direitos que alei diz manter e em que se reconhecem elementos revolucionários, atribuindo-se-lhes até, como categoria oficial, essa qualidade o dando-lhes preferencia nos lugares do-Estado. , - f

Entendemos pois, Sr. Presidente, que é .preciso sair de tal situação. - jupará que virenij então, aqueles que têm criado essa categoria oficial de irevo^ lucionário, que para o Diário do Governo deste País' a levaram, para quQ -virem com acusações na hora em que é preciso1 trazer palavras de paz?-!

Obvi o discurso que acaba de fazer O' Sr.- Presidente do Ministério, e com a maior calma vou responder a S'. Ex.a E> veja S. Ex.a como nós deste lado da Cambra adoptamos um procedimento diferente daquele que S. Ex.a tem tido para-connosco.