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t>iârio das Sessões do Congresso

• Isto não é correctos e um Governo que assim'procede estando o Parlamento aberto, £como é que procederá amanhã, a que extremos de arbitrariedades não descerá duandd ana'o houver nestíi casa do Parlamento quem proteste couttá o s8u procedimento'? i'' 'n j • • . . •-...•-. ;

E tudo isto em nome da liberdade; da democracia, dos sãos princípios .de que os Srs. Deputados da maioria se dizem dwpositárioS' "qudndo pretendem atacai os seus adversários l -•>!.• i ;

Ve-se-que tinha razuVontem o Sr. Al1-; varo de Castro,1 da Acção Republicana (a" qual nRo's6Í se depois de tantos 'membros que''dela sd' te"in' desligado• ainda conta mais alguém além de S. Ex.a), quando disse que o adiamento dó 'Congresso era uma arma perigosa concedida ae Goveíno, e quê S.'Ex.?"a votava mas com constrangimento. :o ' • '•'>>'.

Eu não sei se o Sr. Vitorino Gmma4' rães, Chefe do Governo, pesou bem o que estas palavras significam'da"rparte ' do chefe, de .unia. das 'facçòes "do bloco'qu6i constitui a maioria parlamentar. I. • > i ,

Eu não sei se o Sr. Vitorino Guimarães percebeu .o que se 'continha- nas palavras db Sr. Álvaro de "Castro. • • ';

Diz n'm 'ditado popular que «afbom entendedor,meia palavía bastàív' • >>

O Sr. Álvaro • de -Castro» não proferim apenas meia palavra1) prqferiu umas pou-' cãs, foi s discreto naisua maneira1 de sigm-. ficar ao "Governo a sua;, desconfiança,'mas foi claro, 'e se^o Sr; Vitbritio Guimarães não o entendeu1 é porque nlo é bom entendedor. s«t í'L> ;'^rJo'/ r-ri "»

Segundo .foi declarado numa nota ofi1 ciosa^ ro iGoverno.-ipròpõe-se, durante! o pòríodo~'de aíiiameóto das 'Câmaras; pro^ mulgar medidas'por todas as pastas.

'No' emíanto,^Sr. tPrésidentBj a aútori-i zaçao que ' lho -foi conferida pelo'.Con-gresso era tam somente para tomar as. providências que^julgasse. necessárias à manutenção. & ao restabelecimento da' ordern^SOTial e tranquilidade pública.

Eunpreguntói g que medidas são eíssas" quer "o Governo conta .tomar' por todas asr pastas e não apenas por aquelas que mais1 directamente se prendem com a manu-. tenção da ordeml pública e que são as1 pâsths do Ihterior, Qnerra e Marinha?

f, Querprovidênciad B&O essas -qne • o1 Govôrno#'.ò» sombra^.dessa autorização,''

pretende tomar1 ptír todas-as outraá pastas, mesmo pôr aquelas que nem de perto nem de longe se ligam com a ordem pública e a tranquilidade dos espíritos'?

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,) Porque é quo1 o Sri Vitorino Guimarães não nos diz coricretamerite': von fazer isto ou vou fazer, aquilo? . --1 . -

• £ Porque não nos Indica as directivas da acção gove^nativa que vai seguir com o Parlamento fechado? ' '

Sr. Presidente i o'País já tem, infelizmente,'a experiência de quanto lhe custa, de quanto ó pertur-badora, do quanto é anárquica, a acção dos Governos quando se metem a. legislar por'todas as pastas* de seguida a movimentos revolucionários. •

Está ainda bem nítido na memória.de. todos o caso famoso dos 30-suplementosi ao Diário do . Governo de Maio de^ 1919.

En receio qua

Eu não sei se à sombra desta'autorização .tse vai também legislar em matéria económica e em Jmatérià'financeira, e se se vai permitir' até a importação, sem concurso, de fósforos ou qualquer cousa semelhante que já vi anunciada na .im-< prensa. - r • . • i • '• i inr ~> -, > _

Não sei sã isso ó também para sustei^ tar e p'ara'manter íi ordem social, e para sustentar e' manter • a tranquilidade pú*1 blica. . • . '-. ,;•..,..;

É realmente de estranhar que o Chefe do Governo se tenha remetido, no. que respeita' às suas intenções e àquilo^que vai fazer durante este mês, a um silêncio absoluto e que não. tenha.dito nada sobre as1 suas intenções. ^ , ' ' "

Apenas um podco'de Inz se divisa na entrevista dada ontem a um jornal'pelo Sr. José Domingues dos Santos, no sentido de se cercear as regalias legitimas qup devem ter todos os acusados.