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Diário das Sessões do' Congresso

que • sejam as divergências que as separam, respeitam-se miituamente.

Devo, porém, desde jA dizer em abono da verdade que se, deste lado da Câmara tem havido a maior correcção em todas as .discussões que tem sustentado com S., Ex.a, também S. Ex.a tem sido correcto para connosco. E não-so arrependa o Sr. Presidente do Ministério de assim proceder; arrependa-se sim de se pôr às ordens de, quai_squei elementos que tam grandes amargos de boca lhe têm causado, principalmente nos últimos dias. Se S. Ex.a continuar a deixar-se dominar por esses indivíduos, S. Ex.a, longe de ser um elemento de conciliação, será nm elemento de provocação.

Diz a maioria que quere ordem. - Ser homem de ordem, ser homem conservador, não quere dizer ser partidário dos que estão no Govôrno. Na Rússia, por exemplo, os.,partidários do actual Governo daquele pais não são homens de ordem ou conservadores.

Precisamente porque nós somos homens conservadores, daquela ordem social que-os elementos .1 que o Governo está ligado procuram dominar, é que nós estamos na. ordem, os que estão na desordem são os quo combatem a ordem que nós defendemos. ,Nós, que -somos conservadores, entendemos que, para manter a ordem neste País, o .que é preciso é conciliar e não dividir.

,;Como é que um regime que se serve de elementos desordeiros-de toda a espécie e a todo o instante, para -impedir que os cidadãos conservadores, os homens da ordom, exerçam os seus direitos de sufrágio, como é quejum regime destes pode dizer que está dentro da ordem?

, Quem está -na. desordem são os Governos,'porque não'respeitam os direitos dos outros. . . • i- . i

Deu-se um movimento militar, e eu,, com a coragem das minhas opiniões, disse nesta Câmara que nada tivemos com esse movimento, fomos absolutamente alheios a esse movimento, e direi a V. Ex.a que se estivesse na minha mão poder e^ itá-lo eu tinha-o evitado ;.sinceramente o digo a V. Ex.a porque ele só poderia trazer maiores males ao País, que continuamente vive na desordem. . >>

. Quem fala com esta sinceridade tem

toda a autoridade -para apreciar serenamente os acontecimentos.

Disse há pouco o Sr.- José Domingues dos Santos que nós estávamos aqui para sermos julgados.

j Mas não é com toda a certeza por S. Ex.«I

0 País ó que-nos julga a todos nós e o julgamento do País não sou eu que o farei.

Sr. Presidente: sentiu amarguradamen-te para insistir no adiamento parlamentar.

V. Ex.a terá a imposição dos seus amigos, dos seus correligionários; que obedecem a elementos de desordem, e nós, porque conhecemos as consequências que inevitavelmente hão-de1,resultar para o País do camiuho por que V. Ex.a e o sen Governo vão enveredarj no cumprimento do nosso dever, como conservadores que somos, como homens de ordem que somos, mas \erdadeiros homens de ordem, não podemos de nenhuma maneira deixar de lazer toda a oposição ao caminho de desordem em que o Governo quere entrar.

Eu desejaria que o Sr. Presidente do Ministério, atei se quisesse ihterrompendo--me, mo elucidasse sobre uma pregunta que vou fazer-lhe.

V. Ex." nada diz sobre o uso que fará das autorizações parlamentares.

Em primeiro lugar o Sr. Presidente do Ministério fala «das autorizações». .

. Ora eu pregunto a V. Ex.a, Sr. Vito-rino Guimarães: '

,; Considera-se V. Ex.a com. mais de uma autorização, com mais alguma do que aquela que lhe foi concedida.no artigo 2." da lei aqui votada?

1 Considera V. Ex.a em vigor alguma outra autorização das que constitucional-mente já caducaram há muito tempo, como por exemplo a lei n.° 1:545?

V. Ex.a pode, querendo, interromper--me, fazer-me esse favor, porque o País precisa que V. Ex." o elucide.

Sr. Presidente do Ministério: V. Ex.s poderá iinterrompor-me. ,f "