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Diário das Sessões do Congresso

O Sr. Querubim Guimarães: — Viva a ditadura — tenham, ao menos, a coragem de o afirmar'

Sussurro.

Irocam-se apartes.

O Sr. Júlio Gonçalves: blica!

-Viva a Repú-

0 Sr. Pedro Pita : — Tenho a impressão de que deste lado da Câmara apenas apreciou a próposía de adiamento o ilas-tre Çeputado Sr. Cunha Leal, embora se tivesse ocupado principalmente da .violência de que ê!e e o Sr. Garcia Loureiro tinham sido vítimas.

Creio também que eu era o primeiro Deputado inscrito dôste lado da Câmara,

O Sr. Afonso de Melo pronunciou apenas meia dúzia de palavras.

O Sr. Cunha Leal fez apenas ligeiras reterfincías à proposta de adiamento.

O Sr. Ginestal Machado, na discussão levantada a propósito da prisão dos Srs. Cuuha Leal e Garcia Loureiro, fez serenamente as suas consideraç^63-<_. que='que' a='a' merecíamos='merecíamos' nós='nós' p='p' câmara='câmara' por='por' adoptou.='adoptou.' atitude='atitude' isso='isso' não='não' tomasse='tomasse' contra='contra'>

Está muito bem. Não vale a pena estranhar um facto que deve ser consequência do momento que atravessamos. A vitoria é do Governo e não há dúvida nenhuma de que o Governo carece de tornar essa vitória muito maior. Nestas circunstâncias procura ver f>m toda a parte não só adversários, mas inimigos, e procura praticar determinados actos que justifiquem de algum modo as medidas que podia muito bem evitar.

Sr. Presidente: não vale a pena insistir no facto.

Vou limitar-me a registar a resposta à pregunta que tive a honra de formular a V. Éx.a, e vou seguidamente enviar para a Mesa, em nome deste lado da Câmara, e na falta do leader, que não está presente, a declaração do nosso voto e da razão do nosso procedimento.

O Sr. Presidente:— Os Congressistas inscritos- eram os Srs. Ginestal Machado, Pedro Pita, Alberto Jordão, Júlio Gonçalves, Sousa da Câmara e António Mana da Silva.

O Orador: — Não s>e dirá, Sr. Presidente, que eu tivesse justificado pelo meu procedimento o acto que foi praticado contra mi m.

Tenho dito.

O orador não reviu.

Declaração de voto

Não há, no momento que passa, já qualquer circunstancia que justifique o adiamento dos trabalhos parlamentares.

O Go\êrno. tendo visto aprovada a única proposta de lei que entendeu dever apresentar ao Parlamento, também não pode alegar que este lhe tenha recusado quaisquer moiob para cumprir a sua missão.

Assim, o adiamento do Congresso não pode ter outro fim que não seja o de praticar o Governo actos que o Parlamento procuraria impedir, actos de ditadura e de perseguição, com manejos políticos para a próxima luta eleitoral.

A representação parlamentar do Partido Republicano Nacionalista, podendo apenas piotelar por algum tempo a deliberação, mas não podendo evitá-la porque o número a \encena, recusou pelas razões que ficam indicadas e que desenvolvida-mente foram expostas por aqueles dos seus membros que usaram da palavra — o sen voto a tal deliberação, e nSo deixará de pedir contas ao Governo pelos actos que praticar durante o prazo do adiamento.

Sala das Sessões do Congresso da República, 29 de Abril do 1925. — Pedro Pita.

Para a acta.

Para a Secretaria.

Foi lida e aprovada a moção do Sr. Júlio Goncahes.

Foi lida e rejeitada a moção do Sr. AIo-rais Carvalho.

Foi lida e rejeitada a moção do Sr. Carvalho da Silva. „

Foi lida e rejeitada a moção do Sr. Cunha Leal.

foi lida e aprovada a moção do Sr. João Camoesas.

Foi lida e aprovada em prova e contraprova a moção do Sr. Catanho de Menezes.