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as suas categorias sociais, procurando por meu intermédio os Srs. Alo u só do Carqueira e Agatão Lança para os cumprimentar pela data que passava.

Acerca dos desejos manifestados pelo ilustre Senador Sr. Bernardino Machado, devo dizer que a respeito da terceira pre-guuta feita por S. Ex.a que estou tratando do assunto procurando fazer voltar à metrópole aqueles que foram arrebatados de Portugal por uma deliberaçílo tani ilegal como injusta.

Com respeito aos outros dois assuntos, vou estudá-los e comunicarei à Câmara os resultados dos meus trabalhos.

Posta à votação a proposta do Sr. Bernardino Machado, foi aprovada por unanimidade.

O Sr. Rodrigo Cabral: —Eu podia ues-ta altura deixar de usar da palavra, por isso que o meu ilustre colega Sr. Alves de Oliveira já tratou do assunto a que me vou referir.

No emtunto, como fui eleito pelo distrito de Ponta Delgada recebi também um telegrama que se refere à epidemia que grassa naquele distrito.

Eu vi que o Sr. Ministro do Trabalho está animado da melhor boa vontade, no sentido de reforçar a verba destinada a combater a epidemia que ali grassa.

V. Ex.a sabe que uma epidemia daquela ordem não se pode extinguir sem gran-do dispêndio.

Tanto a junta geral como as câmaras municipais tom contribuído com o que podem, mas isso não é o bastante.

Eu tomo nota das afirmações de S. ExA e espero que o Sr. Ministro fará tudo quanto possa para atenuar um tal mal e reforçar as verbas destinadas à epidemia qne ali grassa.

O orador não reviu.

O Sr. Ministro do Trabalho (Josô Do-mingues dos Santos): — Em resposta as considerações feitas por S. Ex.a, nada mais tenho a acrescentar ao que já disse. O caso está sondo estudado e posso garantir a V. Ex." que ponho toda a boa vontade e interesse neste assunto.

Não sei de que verba poderei dispor mas posso dizer-lhe que será a maior possível dentro da verba orçamental.

O orador não reviu.

O Sr. Rodrigo Cabral: — Agradeço a V. Ex.a a amabilidade da sua resposta.

O Sr. Raimundo Meira: — Sr. Presidente : tinha pedido a palavra para quando eslhesse presente algum membro do Governo. Estando presente o Sr. Ministro do Interior, por cuja pasta corre o assunto que desejo tratar, vou ventilá-lo.

O Sr. Ministro do Interior creio que já recebeu um telegrama da câmara, ou do funcionário que está desempenhando as f..nções de governador civil de Viana acerca do subsistências.

Foi este ano o mais abundante, em milho, naquele distrito.

Este cereal está-^e vendendo, no concelho dos Arcos a preço excessivo, tendo-se manifestado já qualquer movimento de protesto contra este estado de cousas.

Eu atribuo isto, Sr. Presidente, à facilidade ou liberdade de comércio do milho e à facilidade em o transportar dum concelho para o outro, o que deu em resultado a formação de sindicatos que logo no começo do ano compraram todo o milho, o qual foi exportado clandestinamente para Espanha.

Agora mesmo, e diariamente, vêm bandos de mulheres das freguesias fronteiriças, bandos que vão até às freguesias extremas do distrito, comprando tudo: galinhas, milho, ovos e feijão. Uma perfeita razia. De maneira que a vida está fabulosamente cara no norte.

Essa vida vai encarecendo à medida que nos aproximamos da fronteira; e dá-se até o descaramento de os referidos bandos do mulheres virem acompanhados de homens armados para as defender contra a má vontade dos povos.

As guardas republicana e fiscal têm feito o que podem, têm prestado bons serviços. Mas a intervenção da guarda republicana não é suficiente para evitar o contrabando.

É necessária a intervenção das autoridades civis, desde o governador civil a todos os regedores, pois, de contrário, dentro em pouco o norte estará sem comer, e se o Governo mesmo mandar para lá cereais dentro de pouco tempo eles desaparecerão.