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u de 10 de Dezembro de 1920

O Governo da minha presidência tem mantido — e tenho a esperança de que manterá, e só assim eu estaria à fronte dele —aquela unidade de vistas e ds doutrina que é absolutamente essencial neste momento ao nosso País. Disto serve garantia o espírito republicano e a dedicação ao Pais afirmados já numerosas vezes pelos Ministros que compõem o Governo. Por conseguinte, tenho o prazer de declarar que a orientação de princípio se mantém integralmente.

As autoridades administrativas que o Governo deseja colocar hão-de ser indivíduos que, pelo seu espírito republicano o qualidades de cidadãos, garantam bem que conhecem que estão prontos a dedicar como é necessário, todo o seu /elo não só ao fim fundamental do Governo, sob o ponto de vista político — a união dos republicanos e a demonstração de que o país se pode governar com correntes políticas diferentes no Governo, desde que tenham um plano único de salvação nacional, e tendo por principal fim neste momento, a resolução do problema das subsistências, que ao Governo merece e continuará a merecer o mais acrisolado cuidado na sua resolução.

Devo dizer a V. Ex.a que tive ocasião de apreciar, por documentos que passaram pela minha mão, como é diferente a maneira como as autoridade^ administrativas pensame exercem a sua acção, cooperando com o Governo no problema das subsistêucias.

O Governo espera que as autoridades administram as que nomear hão-de dedicar toda a sua atenção e todo o seu zelo em ajudar o Governo na obra que ele iniciou e deseja cumprir, de bem zelar pelos interesses das várias zonas do país, dividindo quanto possível os recursos existentes nessas zonas, e dividindo também aquilo que o Governo puder adquirir fora do país, para a necessária partilha a bem das populações

Sobre o ponto de vista que o ilustre Senador apresentou de ser essencial a união dos republicanos, devo informar S. Ex.a que assim pensa todo o Governo.

As questões q»e têm chamado a atenção deste gabinete têm sido vistas por ele unicamente sob um ponto de mira patriótico, excluindo toda a política partidária e cuidando-se só da verdadeira

política nacional, que é a única que deve orientar o Governo no momento por que está passando a nossa nacionalidade.

O lacto de o Governo não se apressar a nomear novas autoridades administrativas, provêm de ôle cuidar principalmenti' de lazer boa administração, não se preocupando com quaisquer filiações políticas.

As autoridades administrativas que têm estado no exercício dos seus lugares têm cumprido o seu dever.

Termino, afirmando mais, uma voz, a V. Ex/1 e à Câmara, que o Governo continua a ter a mesma uniformidade de vistas, e que as várias notícias que têm aparecido nos jornais sobre nomeações de autoridades administrativas, só justificam o desejo que tem muita gente de conhecer essas novas autoridades, e o espírito daqueles que gostam de se entreter com notícias sem valor e que, por isso mesmo, carecem de fundamento.

O orador não reviu.

O Sr. Bernardino Machado: — Sr. Presidente: pedi a palavra para agradecer as explicações que acaba de dar o Sr. Presidente do Ministério e que satisfizeram a minha espcctativa, pois acreditava que as notícias dos jornais tinham simplesmente por fim satisfazer a curiosidade pública.

Todavia há noticias que, pela sua gravidade, precisam de esclarecimentos, e esta era uma delas.

De resto, cungratulo-me com as explicações do Governo.

O Sr. Silva Barreto: — Pedi a palavra para quando estivesse presente o Sr. Ministro do Interior, pois desejava tratar na presença de S. Ex.a de um artigo assinado por um distinto jornalista, Sr. Guedes de Oliveiia, publicado na Tribuna Livre, do Primeiro de Janeiro, acerca da emigração.

Chamaram a minha atenção para esse artigo, que é confirmado pelo Sr. Pereira Agatão, inspector da polícia de emigração.

Pelas considerações do Sr. Guedes de Oliveira, vô-se que a situação é grave. Não se satisfazem as condições da lei. e, o que é pior, procede se contra o que a lei determina ou autoriza.