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Diário da.'t Sessões do Senado

titui um perigo para a integridade nacional e para o bom nome do pa.s.

V. Ex.a não ignora que já vão rareando os .braços em muitas localidades. Xíio há quem trabalhe e os poucos que .linda existem emigram por virtude do El-Lorci'0 que se afirma ser Lisboa para onde a emigração das províncias é extraordinária de há tempos a esta parte.

O Sr. Pereira A gatão, pessoa cue e u. muito bem conheço, um velho republicano, homem que à República tem dado te da a sua dedicação, não só como comi-sário da policia de emigração do norte. LLÍVS também co:no bom republica.io se sacrificou e se sentiu bem agravado nos senis interesses morais quando dhersas tentativas se âzeram contra ò período sidciJsti. Pereira Agatão veio mais duma vez a Lisboa, e tem-ine contado o que sã passa na fronteira, e que nem clGle ne.ii dos funcionários é a. culpa, porque é impossível como diz aqui o Sr. Guedes di Oliveira, impedir a emigração pela fronteira do Alinho e Trâs-os-Mont^, dispondo apenas nas duas zonas, noríe e sul. ó: cinquenta Lgontes parei todc ê-^íe serviço.

Dia ele e diz aqui em parte o Sr. Grades de Oliveira, que a emigração é úo \i.\ maneira pavorosa, que apenas, a ta^Sio t.'o foice se referia, que no semestre pi. í.s:: L o tinha sido de 16:847 pessoas.

Mf.s este número refere-se apenas '.qj3-les portugueses que podiam livrer.itnte emigrar COIQ os respectivos passaportes. Disse :na.'s, e é Aerdadf, V. Ex.c o sabe de certo, que o número de emigrantes provocados ou estimulados pelos eugajd,-dores, por pessoas que oferecvrn tarjib^m este e o outro mundo a todos ítqueirs ia-gónuos trabalhadores, que não se satisfazendo com os seus salários que di^a-33, em abono ;ii verdade, ainda hoje sLn miseráveis, em algumas províncias do país, e isto concorre para que as pakvn s íj-gueiras qu;: apresentam os engajadores os atraem e os levem à emigração clandestina.

Como disse, os salários ainda hoje d

Toda r, gente sabe que o milho e o triga *ão funções do salário.

O salário baixa, ou o salário sobe, conforme baixa ou sobe o preço do milho ou do ;rigo.

P'ois as leis económicas neste ponto, no Alinho, não existem, porque ao passo que ali o milho se vendia a 7$ o 8?$, como ti-\à ocasião de verificar, havia trabalhadores e tecelões que não ganhavam mais de 1)00 por dia, e os cavadores 1?)1ÍO o máximo.

E claro que com a situação económica dôs!et> Trabalhadores, cruel é que a ingenuidade deles seja facilmente explorada paios eugajadores.

Mas não são só os engaiadoies que exploram.

Não são só os que estão habilitados a mandar para fora carne humana, como muito bem diz o Sr. Quede» Correia, que enganam os trabalhadores, são ainda os agentes de passagens e pasbnpork-s.

Eu sei, porque o tenho visto, a propaganda intensa quo esses mesmos íigeníes € pessoas de que se servem, exercem.

Quando ôsses agentes voem q 2e é fáci"-a presa, e que hão cê catequizar as pessoas que eles querem transformar em emigrantes, não as largam mais.

As miragens sedutor.is que êlesnapre-sentam. as facilidades que elos encotram, de tudo t;e servem para catequizar a pessoa,,

Não são pois só os engajadores, não são apenas as pessoas que têm um tal ou qual interesse que um indivíduo emigre para receber um tanto, não.

São também aqueles que estão le-.e habilitados, que c-xorc^ra uma íu; constante o impertinente junto C3 cada indiuduo que ôles calculam fácil f\s catequizar, e a quem oferecem verdadeiros absurdos.

Desta maneira, d"z o Sr. Pedro Aga-tiio, coutam-se jior milhares, muitos milhares, afora ôste número que ao semestre passado se refere de 16:000 emigrantes, com documentos; os indivíduos que iludindo toda a fiscalização, emigram clan-desMnamente.