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Diário das Sessões do Senado

reitos, precavermo-nos de novas aventuras calamitosas. Foi essa organização que, nos.tempos saíidosos du propaganda, aos infundiu todos os alentos e nos tornuu invencíveis. Unidos, dirigentes e dirigidos, em íntima comunhão sagrada, nada temos de tomer.

Não basta cerrarmos fileiras, nas horas angustiosas de alarme, para a defesa da República. Não a enfraqueçamos jamais pela nossa desagregação. Do meio das íutas de facção é que surgem as prepo-tências e ditaduras. A segurança da liberdade está na união dos seus defensores. Ao GrovêrGG da República incumbe congregá-los em volta dela, convocando os todos à acção política. A nenhum dos que, em prol da Pátria, cumpriram galhardamente os seus deveres do guerra, é lícito n-pgar o direito de a defenderem também na paz, pensando nela, intervindo directamente pelo seu voto na governação. E seria bem generalizá-lo àqueles portugueses, que, 3á fora, em terras estranhas, arvoram briosamente a nossa bandeira, sustentando campanhas por vezes não menos árduas que as dos nossos soldados. Rssos núcleos, por mais loagínquos que estejam, não estão fora da nossa família.

Chegou mesmo o momento, depois das provas, admiráveis de civismo que as nossas mulheres deram na Cruzada do Guerra, de lhes abrir o acosso da vida pública, começando por lhes confiar a gerência local, ainda qiíási familiar, dos negócios da educação, da assistência e da hospitalização.

O amor pela liberdade cresce com o seu exercício. Por isso, nas nações mais adiantadas, se vai operando a franca diferenciação do governo territorial, e, nos últimos anos. entre nós se tem acentuado o movimento regionalista, que se impõe à simpatia dos poderes públicos.

£ Quererá o Parlamento dar lhe satisfação, estabelecendo a Província com largas regalias descentralizadoras?

O Ministério associar-se-lhe há do melhor o; r a do.

Foi pela propaganda de todos os direitos que a República triunfou. A República tem hoje o seu Congresso ; mas que os republicanos não abandonem as reclamações de nenhum dos congressos corporativos, levantando lá também a sua voz,

e que, sobretudo, não desertem nunca da tribuna da imprensa e do comício, pela qual conquistámos todas as outras. O Governo pôr se há à frente dessa propaganda. Mas a opinião pública não se confina nas nossas fronteiras. Nem o clarão das virtudes do nosso povo durante a guerra afugontou, de todo, lá fora, os nossos di-famadores, tantas vezes, infelizmente, servidos pela vilania dos de cá de dentro. Aos nossos representantes no estrangeiro proporcionaremos sempre os meios de rebaterem as suas calúnias, de os desmascararem e confundirem.

Não há liberdade nem ordem sem justiça. Desvelar-nos hemos por cercá-la do todas as garantias'de independência, como manda a Constituição, olhando dedicadamente pelas difíceis coudições actuais de vida dos magistrados e seus subordinados. E, para que os princípios da moral pública se definam claramente, o Governo fará a mais perfeita codificação da lei civil e criminal, regulamentando ainda a execução das generosas leis da assistência judicial, e de tutela aos menores delinquentes, que tanto a República tem tomado a peito.

Encontnimo-nos em enormes embaraços financeiros e económicos. A guerra é sempre devoradora de vidns, trabalho e riqueza, e nós tivemos de travá-la contra a dupla ditadura, interna e externa. Daí procedeu em toda a agudeza a crise do abastecimento da Nação e do Estado.