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Sessão de 10 de Maio de W21

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Do Sr. Sousa Varela, permitindo ao pessoal do Estado ou particular o trabalho extraordinário, ato mais duas horas, além das oito horas diárias de trabalho.

Para a comissão de trabalho,

Representação

Da Câmara Municipal de Vinhais, acerca da lei n.° 999. Para o «Diário»,

Requerimento

Do coronel de artilharia Jaime de Sousa Figueiredo, reclamando da sua situação militar.

Para a comissão de guerra,

Telegrama

Dos republicanos de Famalicão, protestando contra o funcionamento ilegal da escola primária superior daquela vila.

Antes da ordem do dia

O Sr. Velez Caroço:—Sr. Presidente: não tendo podido usar da palavra na última sessão em que se fez a votação para governadores do ultramar, visto que essa sessão para tal h'm foi prorrogada, faço-o hoje gostosamente para agradecer ao Senado o ter votado no meu nome para Governador da Guiné Portuguesa.

Sr. Presidente: posso afirmar a V. Ex.a e ao Senado que no desempenho das funções do alto cargo para que fui eleito, aplicarei todo o meu esforço e dedicarei toda a minha inteligência e boa vontade cin bom servir a Pátria e a Kepública, mostrando assim saber corresponder à prova de confiança que esta Câmara acaba de testemunhar-me com essa votação.

Agradeço, Sr. Presidente, aos meus ilustres colegas que em mini votaram essa prova de consideração, e igualmente agradeço aos ilustres Senadores que me não quiseram honrar com o seu voto, pois eu o interpreto como um incitamento, como um estímulo à minha natural vaidade de oficial superior do exército com alguns serviços já prestados e oficialmente reconhecidos numa e neutra costa africana: vaidade que, certamente, me xlevará ao nobre e levantado desforço de' procurar sempre com os meus actos proceder de fornia a que justiça se faça aos meus ser- • viços como republicano © como colonial. •

Portanto, • Sr. Presidente,1 renovo' os meus agradecimentos ao Senado 6 folgo em tdstern unhar-lhe inolvidável gratidão pela confiança que me patenteou votando" o meíi nome pata governador da Guiné portuguesa.

Tenho dito:

O Sr. Ministro daâ Colónias (Paiva Gomes) : — Sr. ' Presidente i em virtude de razões particulares, eu! pedia a V. Ex.a para se sobreestar na votação paragOvêr-' n á dor de S. Tomé e" Príncipe, da proposta que há dias apresentei.

Posto o requerimento à votaçãot foi ap)-b-' vado,

0 Sr. Júlid Ribeiro: — Sr. Presidente: na Reigada, povoação do concelho de Pi*-1 gueirã de Castelo Rodrigo, eíii- 28 de Ju-Iho do' ano findo désencádeoU-se unia' tempestade tam violenta qtie devastou qiiásí . tudo.

Casas feduzidàs â eâcbnibros! Propriedades aprazadas ! Muros dèrrtibãdoâ! Óãm- -pós inundados!

Dava a impressão de quê o flagelo d u- ' ma guerra implacável é cruel hàvíá devastado aquela aldeia, tam pOrtugitesa e ' tam risOriha.

Os mais ricos tiveram de perdoai- ren- ' das, e muita gente ficou na mais negra miséria.

Difícil, muito difícil de' féníediar o inál,- • quando rcsignadarnentè queriam encontrar na intensificação do trabalho uma atenuante para aquela devastação, vêem* fugir essa risonha esperança: a lOngaestiagem é um novo flâgéiOj uma flOvà praga maldita.

Um horror!

Há quâsi um âho c}Ue nãOÔhOvê, o quê dá a segura mas horrível perspectiva dê um ano dg fonie, na fra§é dd Sr: Frâii- • cisco Freire, o mais rico proprietário da- • quela terra, devotado' republicano e alto coração de beirão, nilmà carta qlie acabo de receber.

1 Estão perdidas as seinsntèirds! Queimados os vinhedos pelos gêlos ê rigores do- inverno! As oliveiras não florescem!

Não há pão f)ara os ricos. Falta trabalho para os pobres.